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Justiça libera Delúbio para assessorar direção da CUT

Condenado no mensalão, ele vai receber R$ 4.500 para exercer a função

Petista foi condenado a seis anos e oito meses de prisão em regime semiaberto; trabalho ajudará a reduzir pena

MARIANA HAUBERT DE BRASÍLIA

O ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares recebeu autorização da Justiça para trabalhar como assessor da direção nacional da CUT (Central Única dos Trabalhadores).

Delúbio é o primeiro petista a conseguir o benefício, que o ajudará na redução da pena. A cada três dias de trabalho, ele terá um dia abatido do total da pena, conforme prevê a legislação.

Delúbio foi condenado a seis anos e oito meses de prisão por corrupção ativa, em regime semiaberto. Ele cumpre a pena no Complexo Penitenciário da Papuda.

O ex-tesoureiro do PT também foi condenado por formação de quadrilha, mas o STF (Supremo Tribunal Federal) ainda analisará recurso relativo a este crime.

No pedido de emprego encaminhado à Justiça em 28 de novembro, Delúbio informou que pretendia trabalhar no setor de formação sindical da central, em Brasília. A entidade ofereceu a ele um salário de R$ 4.500.

O petista, que foi sindicalista e já atuou no passado como tesoureiro da CUT, argumentou no pedido de emprego apresentado por sua defesa que tem a experiência necessária para a função.

Delúbio também tem a formação de professor de matemática. Em 2012, ele foi exonerado do cargo que tinha na rede de ensino público de Goiás sob a alegação de que trabalhava como sindicalista e não dava aulas.

Antes de começar a trabalhar, Delúbio terá de ser transferido para o CPP (Centro de Progressão Penitenciária), que fica em outra região da capital federal.

O ex-ministro José Dirceu também pediu para trabalhar fora da prisão, mas ainda não recebeu autorização da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal.

Primeiro, Dirceu havia solicitado permissão para gerenciar um hotel de Brasília, função para a qual receberia R$ 20 mil mensais. Após ter o pedido negado, sua defesa pediu para que ele preste serviços no escritório do advogado José Gerardo Grossi, com salário de R$ 2.100.

Além do petista, outros três condenados no processo do mensalão já obtiveram autorização para trabalhar: os ex-deputados Pedro Henry (PP-MT) e Romeu Queiroz (PTB-MG) e o ex-tesoureiro do PL, atual PR, Jacinto Lamas.

MULTAS

A Justiça também determinou ontem que Delúbio pague a multa que recebeu no processo, de R$ 466,8 mil. Assim que receber a intimação, ele terá dez dias para quitar o total da dívida.

O valor foi atualizado esta semana. Inicialmente, a multa era de R$ 325 mil.

A VEP também atualizou o valor da multa do ex-deputado Carlos Rodrigues (ex-PL, atual PR) de R$ 696 mil para R$ 1 milhão.


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