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Mensalão - as prisões

DF vai investigar se Dirceu falou ao celular da prisão

Se comprovado, petista poderá sofrer suspensão ou restrição de direitos

Entrada de aparelhos é proibida no presídio, mas secretário da Bahia disse ter conversado com ex-ministro dia 6

DE BRASÍLIA

A pedido da Justiça, a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal abriu processo administrativo para investigar se o ex-ministro José Dirceu usou um celular dentro da penitenciária da Papuda, onde está preso desde novembro, para conversar com um secretário do governo da Bahia.

A coluna Painel, da Folha, revelou ontem que James Correia, titular da Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração na gestão Jaques Wagner (PT), confirmou que conversou com o petista no último dia 6 pelo celular de um amigo em comum que visitava o ex-ministro na Papuda.

O prazo para a conclusão da investigação é de 30 dias, informou a Secretaria de Segurança do DF, em nota. De acordo com a secretaria, só o juiz da VEP (Vara de Execuções Penais), Bruno Ribeiro, pode definir alguma punição a Dirceu caso fique comprovado que ele falou ao telefone dentro da prisão. Ontem, Ribeiro visitou a Papuda.

A entrada de celulares no presídio é proibida e, de acordo com a Lei de Execuções Penais, configura falta grave utilizar aparelho telefônico "que permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo".

Ainda segundo a lei, a falta pode causar a suspensão ou a restrição de direitos, o isolamento na própria cela e até a inclusão no regime disciplinar diferenciado.

Por meio de seu advogado, Dirceu negou que tenha conversado por celular com o secretário do governo da Bahia.

"José Dirceu nega enfaticamente que tenha conversado por telefone celular na semana passada com James Correia, secretário da Indústria, Comércio e Mineração do governo da Bahia", diz a nota divulgada pelo advogado José Luis Oliveira Lima.

Dirceu foi condenado a 7 anos e 11 meses pelo crime de corrupção ativa e, por isso, cumpre pena no regime semiaberto.

PETRÓLEO

A defesa do ex-ministro aguarda a Justiça decidir um pedido feito para que ele trabalhe no escritório de um advogado de Brasília.

James Correia, que confirmou ter conversado com Dirceu, é empresário na área de gás e petróleo, na qual o ex-ministro atuava como consultor. Ao Painel, ele contou que o amigo está bem disposto e animado por trabalhar na biblioteca do presídio.

Correia não identificou quem é o dono do telefone que teria sido utilizado por Dirceu e negou qualquer privilégio ao petista. "Ele é uma das pessoas mais vigiadas na questão de não ter regalias. Não houve nenhuma irregularidade", disse.

O secretário afirmou não saber em que local do presídio Dirceu estava no momento da conversa. "Não sei se ele estava do lado de uma cela, se estava do lado de fora. Eu não perguntei detalhes."


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