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Igreja do Rio inicia processo para beatificar casal católico

D. Orani citou família dedicada à religião

DO RIO

O arcebispo do Rio, dom Orani Tempesta, aproveitou o dia de São Sebastião, padroeiro da cidade, para anunciar ontem a abertura de processo de beatificação do casal Zélia e Jerônimo de Castro Abreu Magalhães.

Em missa celebrada na Igreja dos Capuchinhos, dom Orani, indicado a cardeal, falou sobre o casal, que se casou em 27 de julho de 1876, na Barra da Tijuca, zona oeste. Ela nasceu em Niterói, em 1857; ele, em Magé, município da região metropolitana do Rio, no ano de 1851.

O processo do casal é o segundo em andamento na Comissão para a Causa dos Santos da Arquidiocese do Rio. A outra candidata a beata é a menina Odette Vidal de Oliveira, a Odetinha, que morreu em 1939, aos nove anos, vítima de meningite.

Muito religiosa, a criança passou a ser cultuada por um número crescente de católicos até ser lembrada pela comissão da Arquidiocese. Se o processo for bem-sucedido, ela pode se tornar a primeira santa nascida no Rio.

Assim como Odetinha, o casal Zélia e Jerônimo ficou conhecido por sua dedicação à religião. Os dois tiveram 13 filhos. Quatro deles morreram, e todos os demais ingressaram na vida religiosa.

A própria Zélia também entrou para a Congregação do Sacratíssimo Coração, após a morte do marido em 1909. Zélia faleceu dez anos depois.

"Naquele mundo de lógica escravocrata, Zélia e Jerônimo sempre trataram todos como iguais. Os homens e mulheres negros de sua fazenda eram considerados funcionários e recebiam salários", disse dom Roberto Lopes, responsável pela comissão da Arquidiocese do Rio.

Nesta primeira etapa, os religiosos e especialistas da comissão da Arquidiocese vão coletar depoimentos e analisar documentos associados à história do casal. Esta pesquisa vai resultar em um documento que será avaliado pelo Vaticano.

Se as virtudes dos candidatos tiverem o aval de Roma, a fase seguinte para torná-los beatos é a comprovação de um milagre, quando é preciso constatar a intervenção divina em uma cura sem explicação científica relacionada a um devoto do casal.

Para se tornarem santos, é preciso passar por um processo de canonização e comprovar um segundo milagre.

Nos dados já reunidos pela Arquidiocese do Rio ainda não há indício de um milagre que possa ser creditado aos dois.


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