Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Poder

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Tucanos se aproximam do PMDB no Rio

PSDB quer aproveitar desentendimento entre Cabral e petistas para conquistar apoio à campanha nacional de Aécio

Peemedebistas estão dispostos a oferecer vaga de vice na chapa de Pezão na disputa pelo governo estadual

IGOR GIELOW DIRETOR DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O PSDB já conta com o apoio da maioria do PMDB do Rio à campanha presidencial de seu pré-candidato, Aécio Neves (MG), para tentar anular a vantagem registrada pelo PT no terceiro colégio eleitoral do país em 2010.

O xadrez decorre da insistência do PT em indicar o senador Lindbergh Farias para a sucessão do peemedebista Sérgio Cabral --que deve ser candidato ao Senado.

Cabral era aliado íntimo do PT, mas sangrou após os protestos de junho passado ao ponto de ter de entregar o governo no fim de fevereiro para melhorar as chances de seu vice, Luiz Fernando Pezão (PMDB), em outubro.

O PT, que já não queria apoiar Cabral, reforçou a indicação de Lindbergh com o tombo na popularidade do governador aliado, irritando o PMDB fluminense.

Aí entra o PSDB. Aécio é amigo pessoal de Cabral, e teve uma conversa com o governador na virada do ano sobre a sucessão.

Hoje, o PMDB está disposto a oferecer a vice na chapa de Pezão aos tucanos. Para o cálculo de Aécio, contudo, isso não é necessariamente o melhor negócio, já que o associa entre as classes mais altas a um governo impopular.

Assim, Aécio segue a ventilar a eventual candidatura de Bernardinho ao governo. O técnico de vôlei não se convenceu ainda, mas poderá ser escalado para garantir a exposição do número 45, do PSDB, pelo Rio. De quebra, num quadro fragmentário de postulantes, sempre pode haver uma surpresa nas urnas.

Além disso, o Solidariedade, criado em 2013 com a bênção de Aécio, também pode ficar com a vice de Pezão --a sigla de Paulinho da Força conversa com Cabral, após ter sido cortejada pelo PT.

O fato é que os governos do Estado e da capital estão na mão do PMDB. Ninguém descarta o grande peso de políticas pontuais nas populosas comunidades de periferia.

Como lembra um cacique do partido no Estado, é possível perder voto no "Rio da novela", a zona sul, mas uma vitória no entorno empobrecido mais do que compensa.

ADESÃO

O PSDB conta com uma defecção maciça do PMDB-RJ para sua campanha apenas com a confirmação da candidatura Lindbergh. Cabral, que manterá o apoio nominal a Dilma, não se oporá a isso, segundo o raciocínio.

Um ponto ainda a equacionar no Rio é a relação do PSDB com o DEM. Os tucanos não anunciaram apoio ao ex-prefeito César Maia, o que gerou críticas dos tradicionais aliados, mas querem a sigla na chapa nacional.

As contas tucanas são claras. Em 2010, o partido ficou em terceiro no Estado no primeiro turno. No segundo, Dilma tirou 1,7 milhão de votos a mais que José Serra --engordando os 12 milhões que teve a mais que o adversário no país todo.

Os aecistas acreditam na diluição da grande vantagem do PT no Nordeste e Norte em 2010, fenômeno já sentido no pleito municipal de 2012.

É previsível sua vitória em Minas Gerais, o segundo colégio eleitoral e Estado de Aécio, no qual Dilma ganhou em 2010. No primeiro colégio, São Paulo, a situação hoje tende a um equilíbrio, com vantagem potencial ao PSDB.

Logo, anular a vantagem petista no Rio é central na estratégia tucana para este ano. Outras peças do quebra-cabeças estão em movimento, como a composição no Ceará dominado pelos irmão Ciro e Cid Gomes (Pros).


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página