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Siemens diz que é impossível acabar com consultoria

DE SÃO PAULO

A Siemens brasileira diz que é impossível extinguir o contrato com consultores que trabalham em escritórios de advocacia e agências de comunicação, mas afirma adotar medidas desde 2008 para comprovar que o serviço foi de fato prestado pelo preço de mercado.

Em nota, a multinacional alemã afirma que seus contratos de consultoria são checados por meio de auditoria. Essa política foi implantada em 2008, quando a Siemens foi multada em US$ 1,6 bilhão nos Estados Unidos.

"A contratação eventual de serviços de consultoria passa por rigorosa análise de idoneidade do consultor, comprovação contundente da efetiva necessidade dos serviços e total alinhamento com a cultura de integridade" da companhia, afirma o texto.

A multinacional alemã fez um acordo com o governo federal em maio do ano passado no qual admite que ela e outras 18 empresas, entre as quais a Alstom, a Bombardier e a Mitsui, combinavam resultados de licitações de trens em São Paulo e no Distrito Federal. A prática ocorreu entre 1998 e 2008, pelo menos, de acordo com a Siemens.

Na investigação sobre o cartel, a Siemens cita que o consultor Arthur Teixeira organizava as reuniões entre as empresas, mas não menciona o pagamento de suborno para políticos ou servidores.

No entanto, um ex-diretor da empresa, Everton Rheinheimer, cita em acordo de delação premiada que políticos do PSDB, do PPS e do PTB de São Paulo ganhavam comissões para ajudar a empresa nas concorrências. Todos políticos refutam a acusação.

A Polícia Federal trabalha com a hipótese de que não há cartel sem a corrupção de políticos e agentes públicos e acusa Teixeira de intermediar o repasse de propina --o que ele nega.

A Folha procurou a Bombardier e a Mitsui para saber a política dessas empresas em relação a consultores, mas não obteve resposta.


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