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PT convoca militância a buscar movimentos sociais

Pedido, segundo presidente da sigla, é resposta às manifestações de junho

Partido quer fazer ato em São Paulo para lançar Dilma candidata no dia 10 de fevereiro, aniversário da legenda

DE SÃO PAULO

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, afirmou ontem que o partido precisa "estreitar os vínculos com o movimento sindical e popular" em uma resposta às manifestações de junho de 2013. A avaliação é que a sigla está cada vez mais afastada das organizações populares, que serviram de base para a fundação do PT há três décadas.

Em nota oficial divulgada após a primeira reunião do ano com os novos integrantes da Executiva Nacional do partido, os dirigentes pedem a apresentação de um programa "capaz de corresponder às aspirações, reivindicações, sonhos e expectativas de mudança da população".

"Trata-se, ainda, de ampliar o diálogo partidário sobre a agenda política aberta pelas jornadas de junho/2013, as mudanças na formação social brasileira, as novas formas de participação da juventude e o enfrentamento à criminalização dos movimentos sociais", diz o texto.

Na semana passada, a uma plateia de movimentos de esquerda, o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria Geral) disse que, durante as manifestações, integrantes do governo federal ficaram "perplexos" e "quase com um sentimento de ingratidão" pelo fato de os protestos terem se voltado contra um governo que considera ter avançado em conquistas sociais.

A eventual reeedição da onda de protestos é um dos principais temores do governo em ano eleitoral. O receio é que a realização da Copa do Mundo em junho alimente novas reações.

Ontem, segundo Rui falcão, o partido decidiu que lançará a pré-candidatura de Dilma em 10 de fevereiro, no aniversário de 34 anos da sigla.

"Nossa proposta é transformar o dia 10 de fevereiro, que é o aniversário do PT, numa cadeia nacional para marcar o início da campanha da Dilma e o início do nosso engajamento, do nosso apelo para as mobilizações sociais", afirmou o dirigente.

O ato, que deve se realizar em São Paulo, terá a participação do ex-presidente Lula. O convite oficial à presidente será feito por Falcão no fim desta semana.

Outro esforço para promover a pré-candidatura da presidente será feito com os programas de rádio e TV do partido, que vão ao ar nos Estados do final de fevereiro a abril. O objetivo é gravar peças personalizadas em cada região, sempre com a participação de Dilma e Lula.

MENSALÃO

A nota divulgada pelo partido ontem também congratula a militância petista por ajudar a pagar as multas de condenados no processo do mensalão, como o ex-presidente do PT José Genoino, que conseguiu quitar a dívida com a ajuda de um site de arrecadação. Na nota, o PT chama as multas de "injustas e desproporcionais".

O presidente nacional do PT negou que a direção do partido não tenha dado respaldo aos petistas condenados. Em entrevista à Folha, o deputado João Paulo Cunha (PT-SP) mostrou ressentimento com a direção nacional do partido e Lula durante o processo do mensalão.

"Nossa solidariedade já se manifestou na nota que publicamos em novembro de 2012 [data da condenação] e na campanha de solidariedade tocada pela militância".


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