Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Poder

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Mercado em cima da hora

Eike vende Hotel Glória por R$ 200 milhões

Prédio foi comprado por fundo suíço especializado em investimentos imobiliários

RAQUEL LANDIM DE SÃO PAULO

O empresário Eike Batista vendeu o tradicional Hotel Glória, no Rio, para o fundo suíço Acron. O valor da transação é de cerca de R$ 200 milhões, apurou a Folha.

A compra foi fechada ontem pela manhã.

O Acron é um fundo suíço especializado em investimentos imobiliários, principalmente hotéis. Em 30 anos de existência, já adquiriu 46 propriedades. A compra do Hotel Glória é o seu primeiro negócio no Brasil, embora já tenha uma subsidiária no país.

Procurados pela Folha, o grupo EBX e o Acron não se pronunciaram.

Ainda não sabe quem vai administrar o hotel. Os suíços estão negociando com diversas redes hoteleiras.

Eike deve utilizar o dinheiro para pagar dívidas. O empresário, que já foi um dos homens mais ricos do mundo, enfrenta uma grave crise e está vendendo seu império aos pedaços.

O Hotel Glória, primeiro cinco estrelas do Brasil, inaugurado em 1922, foi adquirido em 2008 pela REX, braço imobiliário do grupo EBX, por R$ 80 milhões.

Eike comprou o empreendimento como mais um dos seus "megaprojetos" de revitalização no Rio de Janeiro. Com vista para a baía de Guanabara, o Glória fica de frente para o aterro do Flamengo e já hospedou presidentes e celebridades.

O empresário iniciou uma reforma gigantesca e mandou demolir toda a parte interna do edifício, preservando apenas a fachada.

A reforma contou com um financiamento de R$ 190 milhões do BNDES, dos quais foram liberados R$ 50 milhões. A meta inicial era terminar a reforma antes da Copa do Mundo, que acontece em julho deste ano.

Com a crise que se abateu sobre o grupo X, a reforma foi paralisada e o endereço que abrigava o antigo hotel cinco estrelas é hoje um canteiro de obras abandonado. O Glória corre o risco de não ficar pronto nem para a Olimpíada em 2016.

O BNDES não comentou.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página