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Mercadante diz que sua atuação será discreta na Casa Civil

Na estreia, ministro adota mesmo tom de Dilma ao fazer defesa enfática do controle da inflação e da política fiscal

Petista disse que sua pasta tem 'crescido em relevância' no governo, mas não está acima dos outros ministérios

DE BRASÍLIA

Apesar de prometer atuação discreta à frente da Casa Civil, o ministro Aloizio Mercadante aproveitou o primeiro discurso no cargo para falar de economia.

Ao fazer defesa enfática do controle da inflação e da política fiscal, ele tocou em dois pontos delicados atualmente para o Ministério da Fazenda e para o Banco Central.

Um dia depois de a presidente Dilma Rousseff adotar tom semelhante em mensagem encaminhada ao Congresso, o petista afirmou que o país está em "franco contraste com a maioria das nações mais desenvolvidas e com seu próprio passado".

Economista por formação, Mercadante teceu elogios ao presidente do BC, Alexandre Tombini, e ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, que estava no evento no Planalto.

O secretário do Tesouro, Arno Augustin, também foi citado. O gesto sinaliza uma tentativa de se aproximar dessa ala do governo, apesar da expectativa de colisões em temas econômicos.

"A prudência da política econômica da presidente Dilma e do ministro Guido Mantega assegurou ao país volumosas reservas internacionais, (...) que nos dão a segurança para superar a instabilidade que ainda marca o comportamento da economia internacional", afirmou.

O ministro assumiu a Casa Civil para aumentar o peso político da pasta neste ano eleitoral. Sua antecessora, Gleisi Hoffmann adotava perfil mais técnico e só entrava no debate econômico quando autorizada por Dilma.

Em seu discurso, o petista afirmou que a pasta "tem crescido em complexidade e relevância como órgão de assessoramento presidencial". No entanto disse que isso "não a coloca em plano hierarquicamente superior aos demais ministérios" nem "confere prerrogativas autônomas que não sejam diretamente derivadas e determinadas" pela presidente.

Segundo a Folha apurou, Dilma tem dado limites ao novo auxiliar para evitar que o estilo voluntarioso do ministro gere choques internos na equipe. (FLÁVIA FOREQUE, TAI NALON E NATUZA NERY)


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