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Tucano tenta isolar partido de denúncia contra Azeredo

Aécio afirma que mensalão do PSDB em Minas Gerais não envolveu legenda

Depois de prometer discurso de defesa no plenário da Câmara, deputado disse ter passado mal e desistiu

DE BRASÍLIA

Na tentativa de desvincular o mensalão tucano de sua campanha à Presidência da República, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) disse ontem que as denúncias contra o deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG), fundador e ex-presidente da sigla, "não envolvem o partido."

A declaração faz parte da tentativa do comando tucano de restringir o caso a Azeredo e evitar repercussão nas eleições de outubro. "Vamos aguardar o julgamento. Não é uma questão que envolveu o partido, não tem ninguém do partido envolvido nessa questão", disse Aécio.

Além de fundador e ex-presidente da sigla, Azeredo é membro da executiva nacional do PSDB.

Na semana passada, a Procuradoria-Geral da República pediu ao Supremo Tribunal Federal que Azeredo seja condenado a 22 anos de prisão. Ele é acusado de desviar R$ 3,5 milhões de estatais para alimentar sua campanha à reeleição ao governo de Minas em 1998.

Ele nega as acusações.

Ontem, o ministro relator do caso no STF, Luís Roberto Barroso, estabeleceu prazo até o dia 27 deste mês para que o deputado apresente sua defesa. Depois, Barroso redigirá seu voto e passará o processo ao revisor, ministro Celso de Mello, que também terá de redigir um voto antes de o caso ir ao plenário.

"É um fato que ocorreu e deve ser julgado. Não tememos impacto na eleição, é um absurdo imputar tudo isso a ele [Azeredo]", disse ontem o líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP).

Azeredo havia prometido um discurso ontem no plenário da Câmara para se defender, mas disse que não estava passando bem e desistiu.

Segundo tucanos ouvidos pela Folha, Azeredo começou a se sentir mal na segunda, por ansiedade. No voo de Belo Horizonte a Brasília, ontem, teve crise de pressão alta, segundo aliados.

No fim de semana, Azeredo comparou sua situação com a do ex-presidente Lula no mensalão do PT. O petista não foi denunciado.

Questionado pela Folha em Nova York, ontem, Lula disse que não sabia o que Azeredo havia dito e se negou a comentar a comparação. (GABRIELA GUERREIRO, RANIER BRAGON E MÁRCIO FALCÃO)


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