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Pizzolato abriu três contas na Espanha antes de iniciar fuga

Uma delas financiou a compra de um carro em nome da mulher do petista; valores são mantidos em sigilo

Apesar da existência das contas, ex-diretor do BB movimentou dinheiro vivo para não deixar rastros

GRACILIANO ROCHA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM MODENA (ITÁLIA)

O ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato aparece como titular de três contas bancárias na Espanha, país que foi a primeira escala europeia de sua fuga. A Itália, onde ele acabou sendo preso, ainda não localizou rastros de Pizzolato no sistema financeiro.

As contas na Espanha foram abertas em conjunto com sua mulher, Andrea Eunice Haas, antes dele fugir à Europa. Uma delas seria anterior a 2010, de acordo com informações repassadas à Polícia Federal pela Direção de Cooperação Internacional da polícia espanhola.

As quantias movimentadas nas contas e os nomes das instituições bancárias são mantidos em sigilo.

As investigações indicam que uma dessas contas financiou a compra de um Fiat Punto em nome da mulher de Pizzolato. O carro foi encontrado na Itália.

A polícia afirma que, apesar da existência das contas, elas não foram o principal meio utilizado por Pizzolato para movimentar dinheiro desde que ele chegou à Europa em setembro, pouco mais de dois meses antes de ter a prisão decretada pelo Supremo Tribunal Federal no processo do mensalão.

Para evitar deixar rastros, o petista operava com dinheiro vivo. Exemplo: em Porto Venere, no litoral italiano da Ligúria, o fugitivo pagou à vista quatro meses de aluguel de um apartamento que lhe serviu de esconderijo, conforme a polícia da Itália. No dia 5, quando foi preso na casa do sobrinho em Maranello (norte da Itália), Pizzolato tinha 14 mil euros.

"Já houve a confirmação da existência de contas na Espanha, aqui na Itália ainda estamos no início da verificação", disse o coronel Francesco Fallica, chefe da Interpol na Itália.

Uma das suspeitas é que Pizzolato teria uma conta na Suíça, da qual ele teria sacado € 1,6 milhão (cerca de R$ 5,1 milhões), segundo o jornal "O Estado de S. Paulo". No Brasil, a PF não confirma a existência desta conta.

Uma das principais linhas da investigação até agora é o de que o patrimônio da família, basicamente a venda de imóveis, foi transferido para a Espanha ao longo do julgamento do mensalão.

Em 2010, quando a ação penal do mensalão já estava em curso, Pizzolato, que tem dupla cidadania, informou ao consulado da Itália de Madri que trocara seu local de residência do Rio pelo balneário de Benalmadena (sul da Espanha). O apartamento em Benalmadena não está no nome nem de Pizzolato nem no da mulher dele.

Procurado, o adido da Polícia Federal em Madri, Jerry Antunes de Oliveira, não quis comentar o caso.


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