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Tucanos dizem que decisão de deputado foi de 'foro íntimo'

Petistas afirmam que renúncia é manobra para tirar processo do STF e evitar desgaste eleitoral ao PSDB

Provável candidato à Presidência, Aécio diz desconhecer pressão do partido sobre réu do mensalão tucano

DE BRASÍLIA

"É uma decisão [renúncia] de foro íntimo que tem que ser respeitada. Ele [Azeredo] agora vai se dedicar à sua de-fesa. Ele é conhecido e reconhecido em Minas Gerais como um homem de bemaécio neves (PSDB-MG)senador

Apesar de terem pressionado nos bastidores para que Eduardo Azeredo abandonasse o mandato de deputado, tucanos adotaram ontem discurso de que a renúncia foi uma decisão de "foro íntimo" decorrente do baque emocional sofrido pelo mineiro.

Já os rivais petistas falaram em manobra para evitar danos eleitorais ao PSDB.

Provável candidato tucano à Presidência da República, o senador Aécio Neves (MG) disse não ter notícia de pressão --"Que eu saiba, não"-- e buscou desvincular o caso de sua campanha.

"É uma decisão de foro íntimo que tem que ser respeitada. Ele agora vai se dedicar à sua defesa. É conhecido e reconhecido em Minas Gerais como um homem de bem."

No final da tarde, tucanos se reuniram no plenário da Câmara para um breve ato de desagravo a Azeredo, que é ex-presidente do partido.

Em discurso, o deputado Marcus Pestana (PSDB-MG), deixou clara a intenção dos tucanos de tentar desvincular o episódio da campanha.

"O assunto não é e nem deve ser trazido para a arena política, partidária ou eleitoral. São fatos datados, circunscritos a outro contexto específico, de 1998. (...) Portanto não há nenhuma comunicação com o processo eleitoral que se avizinha em 2014", disse.

Já líderes do PT afirmaram que a renúncia teve o objetivo de preservar a candidatura de Aécio.

"A renúncia do deputado é uma manobra para evitar que o STF [Supremo Tribunal Federal] se posicione e para tirar o foco do PSDB", disse o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), para quem o Supremo não pode adotar "dois pesos e duas medidas".

Irmão de um dos condenados do mensalão do PT, o deputado José Guimarães (PT-CE) afirmou que os tucanos estão "crucificando" Azeredo para preservar Aécio.

Jorge Viana (PT-AC), vice-presidente do Senado, disse que o mensalão tucano corre o risco de prescrever caso migre do Supremo para a primeira instância.

Já o líder da bancada do PT na Câmara, Vicentinho (SP), disse esperar que Azeredo não receba do STF o mesmo tratamento reservado aos petistas condenados no mensalão. "Defendemos [julgamento] com lisura e sem ódio. Que não haja prova com base na invenção, que seja julgado na justiça plena e firme."

O deputado federal Carlos Sampaio (PSDB-SP), que é coordenador jurídico nacional do PSDB, nega que tenha havido manobra para que o caso saia do STF.

"A atitude do Azeredo é exclusivamente de quem não quer constranger o partido, a bancada, já que todos nós que conhecemos o processo temos a clareza de sua inocência", afirmou Sampaio. (GABRIELA GUERREIRO, MÁRCIO FALCÃO E RANIER BRAGON)


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