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Ex-escrivão do Dops afirma ter visto tortura de presos

Confissão, feita à Comissão da Verdade, é a segunda vinda de um ex-agente do Estado

DE SÃO PAULO

Em depoimento à Comissão Nacional da Verdade, o ex-escrivão de polícia do Dops (Departamento de Ordem Política e Social) Manoel Aurélio Lopes, 77, afirmou ter visto sessões de tortura nas dependências do órgão.

Lopes disse também que sabia que havia tortura no DOI-Codi, centro do Exército em São Paulo, mas que, nesse caso, não a testemunhou, pois não tinha autorização para acompanhar depoimentos de presos no local.

Para a comissão, o depoimento é de grande valor, já que é o segundo caso de ex-agente do Estado a admitir ao grupo que houve tortura em órgãos do Estado durante a ditadura militar (1964-1985).

O ex-escrivão começou a trabalhar no Dops em setembro de 1969. Entre 1972 e 1978, Lopes atuou no DOI-Codi, onde, segundo ele, recebia pagamento "por fora".

Ele depôs em audiência para apuração da morte de oito militantes da ALN (Ação Libertadora Nacional). Sobre episódio que matou três das vítimas, Lopes disse que caso é "nebuloso" e que houve demora na confecção de documentos oficiais.


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