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Mensalão - as penas

Chefe de prisão sai após denúncia de regalia

Diretor do CPP pede demissão um dia depois de Promotoria solicitar medidas contra privilégios a apenados do mensalão

Unidade do semiaberto abriga Delúbio e outros 3 condenados do caso; defesa de petista nega tratamento desigual

DE BRASÍLIA

O diretor do presídio de regime semiaberto do Distrito Federal em que cumprem pena quatro condenados do mensalão --inclusive o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares-- pediu demissão ontem.

Afonso Emilio Alvares Dourado avisou que deixará o comando do CPP (Centro de Progressão Penitenciária) um dia após o Ministério Público pedir que o governador do DF, Agnelo Queiroz (PT), tome medidas para acabar com privilégios a presos do mensalão.

Além de Delúbio, estão no CPP o ex-tesoureiro do PL (atual PR) Jacinto Lamas, e os ex-deputados Carlos Rodrigues (PR-RJ) e o Valdemar Costa Neto (PR-SP).

O vice-diretor, Emerson Antonio Bernardes já havia deixado o CPP nos últimos dias. Segundo o jornal "O Globo", ele foi exonerado após coibir regalias de Delúbio.

A Vara de Execuções Penais do DF fez na semana passada inspeção e, segundo a revista "Veja", ouviu depoimentos que apontam até cardápio exclusivo a Delúbio, com feijoada aos sábados.

Segundo o advogado do petista, Arnaldo Malheiros, "não há regalia nenhuma" e a feijoada é "fantasia".

"De fato, os companheiros de cela dele compraram na cantina costela de porco em lata, misturaram com a xepa e chamaram de feijoada."

O presidente do Sindicato dos Policiais Civis do DF, Ciro de Freitas, disse ontem à Folha que o gerente do CPP, Antonio Carlos Moreira da Silva, "está interferindo na gestão" e que Dourado e Bernardes, ao pedirem para deixar seus cargos, reclamaram da presença dele no presídio.

Silva é cunhado do deputado distrital petista Cláudio de Abrantes e ocupa cargo comissionado. Freitas disse que "muito provavelmente" é ele quem concede as regalias.

Abrantes nega que o cunhado interfira no tratamento dos presos. Silva não foi encontrado. O governo do DF nega as regalias e, até a conclusão desta edição, não havia comentado a denúncia de Freitas.


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