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Morre aos 66 Sérgio Guerra, ex-presidente do PSDB

Deputado pernambucano tinha câncer e estava internado em SP havia 20 dias

Dilma, Campos e Aécio lamentaram morte de líder tucano; velório será hoje na Assembleia Legislativa, no Recife

DE SÃO PAULO

Ex-presidente nacional do PSDB, o deputado federal Sérgio Guerra (PE) morreu na manhã de ontem. Desde 2012, ele lutava contra um câncer na cabeça e no pulmão. Há cerca de 20 dias, foi internado com pneumonia. O quadro evoluiu e ele perdeu a capacidade respiratória.

Pernambucano, Severino Sérgio Estelita Guerra tinha 66 anos e deixa quatro filhos. Desde cedo lidou com problemas de saúde. Diabético, perdeu um rim aos 12 anos. Aos 60, teve parte do intestino delgado removido. Em 2012, retirou dois nódulos, um na cabeça e outro no pulmão, e soube que tinha câncer.

Prestigiado no partido, presidia o Instituto Teotônio Vilela e o diretório de seu Estado. Numa de suas últimas articulações, trabalhou pela aliança entre o PSDB e o PSB, partido do governador e pré-candidato à Presidência, Eduardo Campos, em Pernambuco. Os dois eram amigos pessoais.

Guerra foi presidente nacional do PSDB de 2007 a 2012. Coordenou as campanhas de Geraldo Alckmin, em 2006, e de José Serra, em 2010, à Presidência da República. De perfil conciliador, foi um dos principais artífices do acordo que levou o senador Aécio Neves (MG) a sucedê-lo no comando do PSDB.

Em 2010, defendeu publicamente que Serra e Aécio formassem uma chapa puro-sangue. O projeto naufragou.

Era um dos principais defensores da candidatura de Aécio à Presidência nas eleições deste ano, o que não o impediu de cobrar do senador uma postura mais explícita como pré-candidato.

Guerra conquistou quatro mandatos de deputado. Num episódio controverso de sua trajetória, foi citado em 1993 durante a CPI dos anões do Orçamento e inocentado pelo relator do caso.

Em 2002, se elegeu senador. Em 2011, voltou à Câmara. De gosto refinado, era economista e pecuarista --criador de cavalos manga-larga. Colecionava gravatas importadas e gostava de ternos bem cortados. Tinha um cacoete: com frequência usava a palavra "hein" no final de suas das frases.

O corpo do deputado será velado hoje, em Recife, a partir das 11h, na Assembleia Legislativa. A cremação está prevista para o fim da tarde, no Cemitério Morada da Paz, em Paulista, município vizinho.

Autoridades de diversos partidos lamentaram a morte do tucano. "Foi com pesar que tomei conhecimento da morte do deputado Sérgio Guerra. Aos amigos e familiares, solidarizo-me neste momento de dor", disse a presidente Dilma Rousseff (PT).

"Em meu nome, da minha família e do povo pernambucano, expresso minhas condolências aos familiares e amigos deste pernambucano que lutou todos esses anos para a construção de um Pernambuco melhor e de um Brasil mais justo", disse Eduardo Campos.

Aécio disse ter perdido um de seus "mais queridos amigos". "O Brasil perde um dos seus mais extraordinários homens públicos, e, a oposição, um dos seus principais líderes. Sérgio Guerra tinha características muito raras nos homens públicos de hoje. Perde a política e perco eu um dos mais queridos amigos que construí ao longo de toda a minha vida", afirmou.


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