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Justiça condena Valério por envio de dinheiro ao exterior

Segundo juíza de MG, parte dos valores foram desviados no mensalão tucano

Remessas somaram cerca de R$ 1,5 mi, diz a denúncia, que inclui ex-sócios do operador do mensalão petista

PAULO PEIXOTO DE BELO HORIZONTE

O empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, juntamente com seus ex-sócios na SMPB, foi mais uma vez condenado, agora pela Justiça Federal em Minas Gerais, pelo envio de dinheiro ilegalmente para o exterior.

Parte do dinheiro remetido ao exterior, segundo a Justiça, é oriunda do chamado esquema do mensalão tucano, cuja denúncia contida na ação que tramita no STF (Supremo Tribunal Federal) fala em desvio de recursos públicos do governo de Minas em 1998, na gestão do PSDB.

Valério, Cristiano Paz e Ramon Rollerbach foram condenados a nove anos e dois meses de prisão, cada um, pelos crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas. A condenação, ocorrida em janeiro, só agora foi divulgada.

A denúncia fala em envio ilegal ao exterior, entre 1998 e 2000, de "montante superior a US$ 628 mil (cerca de R$ 1,5 milhão)". Foram 23 remessas, no total.

Valério e seus ex-sócios, que negam a acusação, foram condenados também no mensalão petista e cumprem pena em presídio em Brasília.

No mês passado, Valério e Rogério Tolentino (ex-advogado e ex-sócio de Valério também preso pelo mensalão do PT) foram condenados em primeira instância por corrupção em um processo derivado do mensalão tucano.

As penas de dois anos e dois meses de reclusão foram substituídas por prestação de serviços e multa no valor de 150 salários mínimos.

A nova condenação de Valério não se deu por investigação derivada da ação do mensalão tucano, mas de uma investigação da chamada força-tarefa do Banestado (banco do Paraná), que apurou remessas ilegais de recursos para o exterior, por meio de conta no banco JP Morgan Chase, em Nova York (EUA).

Na sentença, a juíza Rogéria Debelli cita a "estrutura organizada para favorecer a chapa composta por Eduardo Azeredo e Clésio Andrade na campanha ao pleito de governador de Minas Gerais no ano de 1998, por meio do desvio de verbas públicas e obtenção de recursos privados, em cuja implementação eram peça-chave as empresas DNA Propaganda Ltda, SMP&B Comunicação Ltda e seus sócios". O advogado de Valério disse que já recorreu da condenação.


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