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Lula nega frase sobre emprego e inflação

Segundo o italiano 'La Repubblica', ex-presidente disse que 'defesa do emprego é mais importante que a inflação'

Em trecho de gravação que foi divulgado, petista diz querer 'melhorar inflação com pleno emprego'

DE SÃO PAULO

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou ontem, por meio de nota, ter afirmado ao jornal italiano "La Repubblica" que "a defesa do emprego é mais importante que a inflação".

A frase, publicada pelo jornal no domingo, foi reproduzida pela Folha ontem.

Junto com o comunicado, a assessoria do Instituto Lula divulgou um trecho de 16 segundos da entrevista.

Nele, o petista afirma: "Nossos críticos querem que tenha um pouco de desemprego para poder melhorar a inflação. Eu não quero que tenha desemprego para melhorar a inflação. Eu quero melhorar a inflação com pleno emprego". O áudio está disponível no site da entidade.

O periódico italiano disse que, quando perguntado sobre a fragilidade da economia brasileira, Lula teria respondido: "Do ponto de vista macroeconômico, qual outro país, além da China, criou as condições de crescimento do Brasil? Nossos críticos dizem que o melhor é reduzir a oferta de emprego para reduzir a inflação, mas para nós a defesa do emprego é mais importante que a inflação".

Na mesma entrevista, o ex-presidente negou os boatos de que seria candidato em outubro, mas não excluiu a possibilidade em 2018. "Depois, não posso excluir nada, a política é imprevisível. Mas a natureza é implacável, em 2018 estarei com 72 anos", disse.

Sobre a Copa no Brasil, ele afirmou que não há possibilidade de fracasso, ainda segundo o jornal italiano.

"O único risco que corremos é de não vencermos no campo", declarou. O petista disse que o país sairá da Copa fortalecido, mas admitiu que algumas obras só serão concluídas depois do evento.

Em relação à expectativa de que ocorram protestos durante o Mundial, que começa em 12 de junho, Lula comentou que "eles são naturais numa democracia" como a brasileira e que ele, como filho do movimento sindical, não poderia condená-los.

"A ascensão social funcionou. Agora os brasileiros querem mais, justamente. Essa é a efervescência de nossa sociedade: a democracia não é um pacto de silêncio, mas a busca por melhores condições", acrescentou.


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