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Mensalão - o fim

Caso foi 'rito de passagem' para o país, afirma Barroso

Ministro, que só julgou recursos finais, ajudou a mudar parte do resultado

Sistema Penitenciário do DF contraria Justiça e não informa nomes de políticos que visitaram condenados na Papuda

DE BRASÍLIA

O ministro Luís Roberto Barroso, mais novo integrante do STF, disse ontem, após a última sessão do julgamento do mensalão, que o caso "foi um rito de passagem" e que é preciso "diminuir o papel do dinheiro" na política.

Protagonista de embates com colegas --inclusive com o presidente da corte, Joaquim Barbosa-- durante o julgamento de recursos do processo, Barroso defendeu também que a sociedade reduza a "agressividade e aspereza".

"Foi um rito de passagem e espero que como saldo do mensalão se produzam transformações. Na política, é preciso diminuir o papel do dinheiro, atrair novas vocações. É preciso criar um sentimento mais amplo de respeito à ordem jurídica, de respeito ao outro."

Barroso entrou na corte após a primeira fase do julgamento, só participou da análise de alguns recursos e puxou os votos que provocaram o recuo do tribunal e a absolvição de oito réus pelo crime de formação de quadrilha no final de fevereiro. Entre os beneficiados estão os petistas José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares.

Questionado sobre eventual pedido de revisão criminal --prevista apenas no caso de aparecerem provas favoráveis aos condenados--, Barroso disse que "esse é outro filme, outro cinema com outra programação" que não pode ser comentado agora.

VISITAS NA PAPUDA

O Sistema Penitenciário do Distrito Federal contrariou a Justiça e não registrou as visitas de políticos aos presos do mensalão, em Brasília, no relatório enviado à Vara de Execuções Penais do DF.

O documento, entregue em 7 de março, apresenta apenas nomes de familiares e amigos que foram à Papuda. Nos últimos meses, porém, diversos parlamentares --e até o governador do DF, Agnelo Queiroz-- admitiram que estiveram na prisão com os condenados.


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