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Dilma cede a aliados e nomeia mais 6 ministros

Após dizer que não aceitaria pressão, presidente agrada bancadas do PMDB

Peemedebistas da Câmara terão aliado na Agricultura e os do Senado, no Turismo; posse será na segunda

DE BRASÍLIA

Após mais de três meses de tensas negociações, que levaram a uma crise com o PMDB e a derrotas no Congresso, a presidente Dilma Rousseff escolheu seis novos ministros, entre eles nomes que agradam às bancadas peemedebistas na Câmara e no Senado.

Apesar de ter anunciado que não cederia às pressões, Dilma oficializou Neri Geller para a Agricultura, nome que conta com o apoio dos deputados do PMDB.

E, na última hora, escolheu Vinicius Nobres Lages para o Ministério do Turismo para prestigiar a bancada do PMDB do Senado. Ele é alagoano como o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB).

Além da Agricultura e Turismo, Dilma escolheu novos nomes para Cidades, Pesca, Ciência e Tecnologia e Desenvolvimento Agrário.

A novidade na lista, antecipada pela Folha, foi a escolha do gerente da assessoria internacional do Sebrae, Vinicius Lages, para substituir o atual ministro do Turismo, Gastão Vieira (PMDB-MA), da cota dos deputados.

A indicação ocorreu depois das críticas de senadores peemedebistas, feitas pela manhã no Planalto, ao nome inicialmente sugerido por Dilma, o do ex-prefeito de Ouro Preto Ângelo Oswaldo. Filiado ao PMDB mineiro, ele é amigo pessoal da presidente.

Reservadamente, os senadores reclamavam que a bancada da Câmara criou problemas para Dilma e, mesmo assim, foi atendida com a nomeação de Neri Geller, secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, para substituir o deputado Antônio Andrade (PMDB-MG).

Enquanto isso, os senadores do partido, alinhados com o Planalto, não estavam sendo contemplados. Diante das críticas, Dilma recebeu Renan e avisou que mudaria a indicação para o Turismo, colocando na mesa o nome do conterrâneo do presidente do Senado. Os deputados do PMDB não ficaram satisfeitos porque queriam manter o controle do Turismo.

Também foram nomeados o senador Eduardo Lopes (PRB-RJ) para a Pesca, o reitor da Federal de Minas, Clelio Campolina Diniz, para Ciência e Tecnologia, o ex-ministro Miguel Rossetto para o Desenvolvimento Agrário e Gilberto Occhi para ocupar o Ministério das Cidades.

A posse dos novos ministros será na segunda-feira.

As discussões da reforma geraram atritos com o PMDB, que queria aumentar de cinco para seis o número de ministérios sob seu comando.

Diante da recusa da presidente, o PMDB na Câmara criou um bloco com outros partidos aliados, impondo derrotas em série ao governo, como a aprovação de convocações de ministros no Congresso e a criação de uma comissão para acompanhar investigações sobre a Petrobras.

Além de fechar a reforma, o governo prosseguiu na tentativa de esvaziar o "blocão" de insatisfeitos. O Pros, que já havia voltado na prática ao colo governista, anunciou oficialmente a saída do grupo.

Dos sete partidos que inicialmente se uniram ao PMDB, restam ainda apenas PR, PTB e PSC.

Entre os pontos acertados, está a flexibilização das regras que previam o direcionamento das emendas parlamentares para programas definidos pelo próprio governo. Com o acordo, os congressistas terão mais liberdade para escolher as obras para as quais irão direcionar suas emendas.

Além disso, o Planalto se comprometeu a acelerar a liberação de verbas para essas obras. As emendas representam importante capital eleitoral para os deputados na tentativa de reeleição.


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