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Padilha culpa Alckmin pela falta de água em São Paulo

Pré-candidato do PT ao governo diz que tucanos não tiveram 'responsabilidade'

Segundo o petista, prefeito de Guarulhos só foi comunicado sobre corte de água um dia antes e via e-mail

MARINA DIAS DE SÃO PAULO

O racionamento de água em São Paulo entrou na pauta da disputa pelo governo do Estado e já é explorado na pré-campanha de Alexandre Padilha (PT) ao Palácio dos Bandeirantes na tentativa de desgastar a gestão de Geraldo Alckmin (PSDB).

Durante visita ontem a Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, Padilha disse que "falta sinceridade e responsabilidade" ao governo para gerenciar a crise de água no Estado.

A Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) anunciou anteontem a redução em 15,5% do fornecimento de água para Guarulhos devido ao baixo nível dos sistemas que abastecem a região.

"Falta sinceridade ao governo estadual para esclarecer à população o que de fato está acontecendo, qual é a situação real. Falta franqueza e transparência para mostrar os riscos e apontar alternativas", disse o petista.

Pela manhã, Padilha participou de uma reunião com empresários de Guarulhos e considerou "inadmissível" o prefeito da cidade, Sebastião Almeida (PT), ter sido comunicado pela Sabesp sobre o corte via e-mail e com apenas um dia de antecedência.

"É inadmissível que o prefeito da segunda maior cidade do Estado seja avisado por e-mail que terá um corte de água e que precisará se virar para resolver a situação", declarou o pré-candidato petista. "Tem que ter respeito, sinceridade e responsabilidade diante das atitudes que estão sendo tomadas", completou.

De acordo com o prefeito, a comitiva petista participava de um almoço na quarta-feira (12) em Guararema (SP) quando chegou um e-mail da área técnica da Sabesp avisando sobre a suspensão do abastecimento de 400 L/s de água na cidade de Guarulhos.

Em nota, a Sabesp informou ter realizou uma reunião no dia 7 de fevereiro com os municípios que compram água por atacado da companhia para tratar da "situação de crise hídrica", e que representantes de Guarulhos estavam presentes.

A Sabesp afirma ter procurado Afrânio de Paula Sobrinho, superintendente do Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Guarulhos), desde 7 de março, mas diz só ter obtido resposta na terça, quando então o informou dos procedimentos já solicitados na reunião de fevereiro. Sobrinho não foi localizado para comentar a declaração.

Responsável pela distribuição dos recursos hídricos em Guarulhos, o Saae produz 13% da água consumida na cidade. Os outros 87% são comprados por atacado da Sabesp, seja do sistema Alto do Tietê ou da Cantareira, que hoje opera com cerca de 15% de sua capacidade por conta da estiagem.

SETOR ENERGÉTICO

Questionado sobre o risco de racionamento de energia elétrica --crise enfrentada pelo governo da presidente Dilma-- em comparação com a crise da água em São Paulo, o petista afirmou que "são situações absolutamente diferentes", porque "houve investimento do governo federal".

"A falta de planejamento está explícita porque não foi realizada nenhuma obra de porte para aumentar a produção de água. Já o governo federal investiu em duas mega usinas e linhas de transmissão de energia".


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