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Senadores do PSB de Campos serão decisivos para CPI

Oposição e independentes contam com 4 senadores do PSB para conseguir instalar comissão de investigação

Campos, aliado de Dilma até o ano passado, deixou claro que irá estimular apoio do partido à comissão

GABRIELA GUERREIRO MÁRCIO FALCÃO DE BRASÍLIA DANIELA LIMA DE SÃO PAULO

Mesmo em minoria no Congresso Nacional, a oposição afirmou ontem que vai continuar tentando instalar uma CPI para investigar a Petrobras e, para isso, conta com o PSB do governador Eduardo Campos (PE), aliado do PT até o ano passado e futuro adversário de Dilma Rousseff nas eleições de outubro.

Os quatro senadores do partido de Campos serão decisivos no Senado, onde são necessárias 27 assinaturas para que a CPI seja criada.

A oposição e os senadores "independentes" reúnem 23 parlamentares, por isso esperam racha definitivo da bancada socialista com o Palácio do Planalto para que as investigações saiam do papel.

"Nós vamos apoiar a convocação de Ministério Público, de CPI, de tudo que vier a jogar luz sobre essas questões. Tudo para cuidar da Petrobras e punir quem efetivamente usou de expediente impróprio", afirmou Campos ontem em São Paulo.

O líder do PSB no Senado, Rodrigo Rollemberg (DF), disse que o partido não deixará de apoiar a comissão. "Estamos diante de fatos graves, temos que dar luz a uma empresa que é patrimônio dos brasileiros", afirmou.

Pré-candidato do PSDB à Presidência, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) lidera o movimento pró-CPI. Se a comissão mista (formada por Senado e Câmara) não se viabilizar, a oposição vai tentar criar comissões de inquérito separadas, uma na Câmara e outra no Senado.

"Instalaremos a CPI na Câmara, no Senado ou a mista no primeiro lugar em que alcançarmos o número mínimo", disse Aécio.

Campos e Aécio, os dois principais adversários de Dilma nas eleições de outubro, têm dado sinais de que usarão como um dos motes da campanha a exploração da polêmica compra da refinaria de Pasadena --que custou US$ 1,18 bilhão e teria dado um prejuízo significativo aos cofres da Petrobras.

Na Câmara, a oposição reuniu 113 das 171 assinaturas necessárias em caso de CPI mista. Dos 76 deputados do PMDB, principal aliado do governo, 28 já aderiram. Apenas 5 dos 23 deputados do PSB deram aval à investigação até agora.

No Senado, já há 20 assinaturas das 27 necessárias. O governo tem procurado todos os líderes das bancadas dos partidos aliados para conter as adesões à CPI.

Além da CPI, a oposição vai tentar aprovar uma série de convocações e convites a autoridades e envolvidos no caso Pasadena para apresentarem explicações no Congresso Nacional. Ontem, a oposição no Senado conseguiu aprovar convites para a presidente da Petrobras, Graça Foster, e o ministro Edison Lobão (Minas e Energia) falarem sobre o caso.


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