Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Poder

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Aprovação a governo Dilma cai 7 pontos e preocupa Planalto

Segundo Ibope, índice dos que consideram governo bom ou ótimo caiu de 43%, em novembro, para 36%

Ministros foram chamados para discutir números; para Mercadante, resultado motiva o trabalho

NATUZA NERY TAI NALON MARIANA HAUBERT DE BRASÍLIA

A queda na popularidade da presidente Dilma Rousseff e de seu governo registrada em pesquisa Ibope divulgada ontem jogou um balde água fria no Planalto e resultou em uma reunião não programada para avaliar o cenário político e eleitoral.

Ministros e interlocutores que atuam na pré-campanha pela reeleição foram chamados para discutir os motivos da redução de sete pontos percentuais na popularidade do governo.

Ao final do encontro, o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, que desde sua posse no início de fevereiro jamais concedera uma declaração à imprensa, fez um inédito pronunciamento aos jornalistas.

Afirmou que o resultado da pesquisa, encomendada pela Confederação Nacional da Indústria, é "uma motivação a mais para a gente trabalhar, trabalhar e trabalhar ainda mais duro para melhorar o Brasil e a vida do povo".

O levantamento mostrou que o índice de eleitores que consideram o governo bom ou ótimo caiu de 43% em novembro para 36% agora. Os que acham ruim ou péssima a gestão de Dilma foram de 20% para 27%.

Houve piora em todas as áreas da administração apuradas pelo instituto. Os entrevistados demonstraram descontentamento maior com as políticas econômicas, principalmente em relação à inflação e ao desemprego.

Segundo a Folha apurou, os números assustaram o governo. Ações de estatais altamente vinculadas à presidente da República, como Eletrobras e Petrobras, registraram alta --sinal de que a queda na pesquisa foi bem recebida entre operadores do mundo financeiro.

CASO PETROBRAS

A sondagem foi feita entre os dias 14 e 17, antes, portanto, da polêmica envolvendo a compra de uma refinaria no Texas pela Petrobras. No PT, a aposta é que se trata de um tema de difícil compreensão para a grande maioria do eleitorado e, por isso, tende a não ter muito impacto eleitoral.

Nos bastidores do Palácio, teme-se que a queda registrada pelo Ibope reforce o movimento dentro do próprio PT pelo retorno de Lula ao jogo eleitoral, ação que enfraquece o engajamento da militância na campanha de Dilma.

Desde o ano passado, a cúpula do governo e do PT apostava na recuperação de Dilma após o abalo provocado pelas manifestações de junho.

Com a queda, a petista interrompe um ciclo de recuperação flagrado desde setembro. De lá para cá, a presidente intensificou o ritmo de viagens para inaugurações e turbinou a publicidade federal.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página