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Gabrielli vê 'exacerbação'; primo é exonerado

Oferta de óleo barato e de boa qualidade favorece Pasadena, mas não deve durar muito

O ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli afirmou ontem que há uma "exacerbação" das informações sobre a aquisição da refinaria de Pasadena, nos EUA, motivado por questões eleitorais.

"Não há dúvida de que essa exacerbação das informações é campanha eleitoral. É claramente uma ação da oposição contra a presidente Dilma. Não tenho dúvida de que é uma questão política", afirmou Gabrielli, que participou da reunião anual do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), em Costa do Sauípe (85 km de Salvador).

Agora secretário estadual de Planejamento da Bahia, Gabrielli lamentou a decisão do Congresso de instalar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar a compra da refinaria. Mas disse que, se convidado, vai prestar esclarecimentos por "não ter nada a esconder".

"Nós já tivemos uma CPI", afirmou, referindo-se à investigação instalada em 2009 com foco na companhia.

Gabrielli defendeu a compra da refinaria de Pasadena como um bom negócio no contexto da época da aquisição, em setembro de 2006. Ele afirmou que atualmente a refinaria gera um faturamento de R$ 3,6 bilhões para a petroleira. Ele classificou como "falsa" a informação de que a refinaria teria custado R$ 1,18 bilhão à Petrobras.

"A refinaria saiu, em termos de ativo da refinaria, por US$ 486 milhões, que correspondem a US$ 4.860 por barril. Eu desafio qualquer analista a dizer que este preço está acima do mercado", afirmou o ex-executivo.

EXONERAÇÃO

Em reunião na última quinta-feira, a diretoria da Petrobras decidiu exonerar o engenheiro José Orlando Azevedo do cargo de diretor comercial de uma de suas subsidiárias, a TAG (Transportadora Associada de Gás).

Primo de José Sérgio Gabrielli, Azevedo presidiu a Petrobras America entre 2008 e 2012 --por indicação do parente--, período em que a petroleira esteve envolvida na disputa judicial com o grupo belga Astra Oil pelo controle da refinaria de Pasadena.

Apesar de a reunião ter ocorrido na quinta, a estatal confirmou a informação apenas ontem, por meio de nota. "A substituição do senhor José Orlando Azevedo foi uma mudança de caráter gerencial rotineira", diz o texto. A informação havia sido antecipada pelo jornal "O Globo".


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