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Em PE, Campos transforma ato de renúncia em comício

Pré-candidato ao Planalto criticou o governo Dilma e os rumos da economia

Uma parte do público repetiu coro puxado por políticos, chamando o pernambucano de 'presidente'

BERNARDO MELLO FRANCO ENVIADO ESPECIAL AO RECIFE DANIEL CARVALHO DO RECIFE

O presidenciável Eduardo Campos (PSB) transformou a solenidade de renúncia ao governo de Pernambuco, ontem, em comício de lançamento de sua candidatura ao Palácio do Planalto.

Em palanque montado diante do Palácio Campo das Princesas, sede do governo, ele criticou o governo federal, citou as manifestações de junho e disse que a economia do país perdeu o rumo.

"A juventude demonstrou sua inquietação com os descaminhos da economia e o recrudescimento da inflação. As ruas foram inequívocas na rejeição à corrupção e escancararam a urgente necessidade de profundas mudanças nas instituições e nas práticas políticas", afirmou.

O ex-governador disse que há um "clamor coletivo" por avanço e que o brasileiro que melhorou de vida "não se contenta meramente em sair da linha da pobreza". "Há um sentimento generalizado de que o país, depois de um período de avanços, parou de melhorar."

Campos não citou a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula, que o apoiou nas eleições de 2006 e 2010. Repetindo slogans de campanha, prometeu repetir, em nível federal, a aliança em seu Estado, onde governou praticamente sem oposição.

"O Brasil precisa e quer a união dos brasileiros. E se Pernambuco se uniu, o Brasil também irá se unir", afirmou. Para evitar multa da Justiça Eleitoral, ele não se apresentou diretamente como candidato, mas dedicou metade do discurso de 20 minutos a temas nacionais.

Cerca de 4.000 pessoas, segundo a Casa Militar, assistiram à solenidade. Numa quebra de protocolo, o novo governador, João Lyra Neto (PSB), discursou antes dele.

Ao apresentar a dupla, um repentista contratado pelo governo chamou Campos de "presidente".

PALANQUE

Parte do público repetiu a dose no fim, em coro puxado por políticos no palanque.

Mais cedo, ao tomar posse na Assembleia Legislativa, Lyra prometeu seguir as orientações do antecessor. "Não vai existir o governo João Lyra. Vai ser a conclusão do governo Eduardo Campos", disse.

O ex-governador deve descansar com a família nos próximos dias em uma praia do litoral de Pernambuco. No dia 14, anunciará a ex-senadora Marina Silva como candidata a vice-presidente. Ela não foi ao Recife ontem porque estava em Washington em homenagem a Chico Mendes.


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