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Lula diz que economia podia estar melhor e cobra Dilma

Ex-presidente afirma que sucessora terá que explicar na campanha o que fará

Em entrevista para blogueiros, petista nega intenção de se candidatar agora no lugar da presidente

DE SÃO PAULO

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem que a presidente Dilma Rousseff terá que explicar durante sua campanha à reeleição o que fará para reanimar a economia brasileira e alcançar desempenho melhor do que o observado nos últimos meses.

"Nós poderíamos estar melhor e a Dilma vai ter que dizer isso na campanha claramente: como é que a gente vai melhorar a economia brasileira", afirmou o ex-presidente, durante entrevista a nove blogueiros na sede do Instituto Lula, em São Paulo.

Lula voltou a negar a intenção de se candidatar à Presidência no lugar de Dilma nas eleições de outubro, classificando como "boataria" as notícias sobre empresários e políticos petistas que têm manifestado simpatia pela troca.

"Não sou candidato e não tenho como ir em cartório registrar que não sou candidato", declarou Lula. "Minha candidata é a Dilma e se vocês [blogueiros] puderem contribuir para acabar com essa boataria toda, ajudarão a democracia desse país."

Conforme a mais recente pesquisa do Datafolha, divulgada no fim de semana, Dilma viu sua popularidade cair em março, num ambiente marcado pelo aumento do pessimismo da população com os rumos da economia.

Segundo o Datafolha, a aprovação ao governo Dilma caiu de 41% para 36% desde o fim de fevereiro. Suas intenções de voto caíram de 44% para 38%, num cenário em que ela enfrentaria na disputa presidencial o senador Aécio Neves (PSDB), o ex-governador Eduardo Campos (PSB) e seis candidatos nanicos.

Para Lula, Dilma tem "condições políticas e técnicas para fazer o Brasil avançar" e não há por que substitui-la. "Eu já cumpri com minha tarefa, já me dou por realizado."

O ex-presidente voltou a defender mecanismos de regulação dos meios de comunicação, acusando-os de tratar Dilma de maneira desrespeitosa e de fomentar intrigas entre ele e sua sucessora.

"Tentaram me derrubar em 2005, mas enfrentamos. Tentaram fazer a Dilma brigar comigo. Quando ela ganhou, tentaram se apoderar dela e quiseram fazê-la minha inimiga, dizer que o Lulinha estava fora", afirmou Lula.

"Temos que retomar com muita força essa questão da regulação dos meios de comunicação do país", prosseguiu o ex-presidente. "Quando vejo o tratamento a Dilma, é de falta de respeito e de compromisso com a verdade. Não é possível que [a mídia] não se manque que o telespectador está percebendo".

O governo Lula deixou pronto um projeto de regulação dos meios de comunicação, mas Dilma não o levou adiante. O Ministério das Comunicações chegou a submetê-lo a consulta pública, mas ele nunca foi tratado como prioridade e até hoje não foi encaminhado ao Congresso.

Ao analisar o desempenho da economia brasileira, Lula lembrou que países ricos como os Estados Unidos e os membros da União Européia ainda enfrentam dificuldades para superar os efeitos da crise econômica de 2008 e 2009.

"A economia brasileira não está crescendo a 5% como nós gostaríamos, mas qual economia está crescendo como a brasileira?", afirmou Lula. O ex-presidente mencionou a China, mas observou que "é mais fácil fazer economia na China que num país democrático".


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