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Doleiro foi monitorado na cela, diz advogado

Defesa acusa PF de ter grampeado conversas de Alberto Youssef, que descobriu aparelho de escuta instalado na prisão

Polícia não quis comentar pedido de apuração do caso e quer mandar doleiro a presídio federal

MARIO CESAR CARVALHO DE SÃO PAULO

O doleiro Alberto Youssef teve suas conversas monitoradas dentro de sua cela, na carceragem da Polícia Federal em Curitiba (PR), segundo o seu advogado, Antônio Augusto Figueiredo Basto.

Ele entrou ontem com um pedido na Justiça Federal para que a suspeita de escuta seja investigada. Anexou ao pedido uma perícia, segundo a qual o doleiro teve suas conversas ouvidas por meio de um aparelho que usa chip de celular para transmitir as conversas em tempo real.

"É uma violação gravíssima das garantias individuais do acusado", disse Figueiredo Basto à Folha.

Escutas desse tipo só podem ser feitas com autorização judicial, o que não ocorreu no caso de Youssef, segundo a Folha apurou.

O doleiro foi preso no dia 17 na Operação Lava Jato, desencadeada pela PF do Paraná, sob acusação de comandar um esquema que teria movimentado R$ 10 bilhões.

Ele também é investigado pelas relações suspeitas com o deputado André Vargas (PT-SP) e com o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.

O aparelho de escuta teria sido descoberto pelo próprio doleiro, no final de março, ainda de acordo com o advogado. Ele fez uma ata em cartório, registrando o achado.

"Não estou acusando ninguém, mas é um fato gravíssimo que precisa ser investigado", afirma.

Ele diz que há suspeitas de que os telefones dos advogados de seu escritório estão sendo monitorados.

Um dos indícios do monitoramento, de acordo com ele, foi uma revista feita na cela da PF ontem à tarde. A PF não quis comentar o pedido do advogado.

A polícia pediu ontem a transferência de Youssef para o presídio federal de Catanduvas (PR).


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