Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Poder

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Câmara deve resposta à sociedade, diz petebista

ANDRÉIA SADI DE BRASÍLIA

Conhecido por ter dito em 2009 que estava ''se lixando" para a opinião pública, o deputado federal Sérgio Moraes (PTB-RS), um dos membros do Conselho de Ética que irá investigar André Vargas, diz agora que o órgão deve uma resposta à opinião pública.

O conselho, que tem 21 deputados, irá analisar se recomenda ou não a cassação do mandato de Vargas, que renunciou à vice-presidência da Câmara após revelações sobre suas ligações com o doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava Jato.

"Mas lógico que sim [dar resposta à opinião pública]! É diferente: vamos imaginar que eu fosse defensor do MMA e eu bancasse posição contra alguém que é contra a luta. Isso eu posso manter e não preciso dar explicação para ninguém porque defendo aquela categoria, por exemplo. Agora, isso é muito diferente de defender ou não um cara que está envolvido com desvio de dinheiro público. Totalmente diferente."

Moraes disse ontem que em 2009 declarou não se importar com a opinião pública em relação à sua defesa da fumicultura. Na época, ele relatava processo por quebra de decoro parlamentar que corria contra o deputado Edmar Moreira (PTB-MG), dono de um castelo no interior de Minas Gerais, e sua declaração acabou resultando em seu afastamento da relatoria.

Sobre o caso de Vargas, ele disse acreditar que o petista não escapará de responder ao processo no conselho. "Não adianta vir com essa conversa que não sabe de nada. Já colou para Lula, para Dilma, mas não cola mais. Como não sabe nada? Sabe sim".

Relator do caso, Júlio Delgado (PSB-MG) quer apresentar seu relatório preliminar pela admissibilidade do processo no próximo dia 22.

A representação contra Vargas foi proposta pelo PSDB, DEM e PPS. A partir da admissibilidade, começa a tramitação de 90 dias. Se houver medidas protelatórias, o destino do petista deve ser decidido somente no segundo semestre. Segundo a Folha apurou, o cenário preocupa a cúpula do PT, já que pode se manter na pauta em meio a campanha à reeleição de Dilma Rousseff.

Aliados que conversaram com Vargas nos últimos dias retratam um deputado abalado emocionalmente. Mas ele mantém o discurso de que não renunciará ao mandato "em hipótese alguma''.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página