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Lula quer discutir nova política industrial

A empresários, petista fez discurso econômico otimista e disse que é preciso eleger setores em que o país é 'imbatível'

Ex-presidente defendeu Dilma e afirmou que setor privado precisa 'agradecer a Deus' por seriedade da sucessora

MARINA DIAS ENVIADA ESPECIAL A ARAÇATUBA

Depois de admitir que a economia brasileira "poderia estar melhor", o ex-presidente Lula fez um discurso otimista anteontem e disse a um grupo de empresários que é preciso discutir um "novo modelo de política industrial", porque o país "não pode ser o primeiro em tudo".

A interpretação de dirigentes do PT foi a de que o tom mais esperançoso se deu depois da conversa que o ex-presidente teve a sós com a presidente Dilma Rousseff na semana passada.

Os dois traçaram uma estratégia conjunta de ação política para tentar melhorar o ânimo dos empresários e, consequentemente, da economia nacional.

Durante almoço com empresários do agronegócio e do setor de serviços da região de Araçatuba, no interior paulista, o petista saiu em defesa de Dilma, que tem sido bastante criticada pelo setor privado, e disse que é preciso "agradecer a Deus" pelo caráter e seriedade de sua sucessora.

"Quando quiserem criticar a Dilma, olhem os dirigentes políticos do mundo inteiro e agradeçam a Deus por esse país ter uma mulher com o caráter e a seriedade dela. Falam que Dilma é muito dura, mas ela não é diferente de nenhum de vocês."

De acordo com Lula, o governo federal precisa chamar empresários e sindicalistas para eleger áreas produtivas em que o país quer ser "imbatível e competitivo".

O ex-presidente citou o agronegócio, a indústria de alimentos e o etanol como setores em que o Brasil é mais competitivo.

Ao citar esses setores específicos, o ex-presidente procura construir uma ponte com empresários que hoje se sentem abandonado pelo governo, especialmente os produtores de etanol.

Eles investiram pesado e agora enfrentam dificuldades no mercado principalmente por causa da política de reajustes dos combustíveis adotada pelo governo.

PARTICIPAÇÃO SINDICAL

No almoço com os empresários, Lula disse ainda que, na semana passada, convidou representantes da CUT (Central Única dos Trabalhadores) para participar junto com ele de uma reunião com o Ministério da Ciência e Tecnologia e discutir exatamente a necessidade de criar essa nova política industrial para o país.

"O movimento sindical tem dificuldade de fazer suas lutas em um governo que tem pleno emprego, então chamei o movimento sindical para discutir um novo modelo de política industrial, já que estão dizendo que a indústria brasileira está quebrando porque não está tendo condições de competir."

O ex-presidente também voltou a dizer que o Brasil "mudou de patamar" nos últimos 11 anos, durante a gestão do PT no governo federal.


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