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Empresas afirmam ignorar lista apreendida pela polícia

Planilha de ex-diretor da Petrobras indica doações eleitorais, segundo a PF

Engevix e UTC dizem que não conhecem o documento; a Hope informa que não doa para campanhas

DE BRASÍLIA DE SÃO PAULO

Empresas citadas em um documento manuscrito apreendido na casa do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, preso pela Polícia Federal na Operação Lava Jato, afirmam desconhecer o papel, que aponta possíveis doações eleitorais, segundo a investigação.

A tabela lista numa primeira coluna os nomes das companhias Mendes Júnior, UTC/Constran, Engevix, Iesa, Hope e Toyo Setal, cita executivos ao lado de cada uma delas e descreve, numa terceira coluna, a "solução" relacionada às empresas.

Sobre a Mendes Júnior, o papel diz: "está disposto a colaborar". A UTC/Constran "já está colaborando", diz o documento. A Engevix, segundo o papel, "já teve conversas com candidato", enquanto a Iesa "vai colaborar a partir de junho". A Hope "já vem ajudando" e a Toyo Setal "começa ajudar a partir de março".

Procurada pela Folha, a UTC/Constran afirmou que "não reconhece o documento e não comentará anotações de terceiros".

A Engevix afirmou à reportagem, por meio da assessoria de imprensa, que "desconhece tal lista". A empresa afirmou que "as doações realizadas pela companhia a partidos políticos são públicas, seguindo a legislação brasileira".

Já a Hope informou que "presta serviços para a Petrobras na área de recursos humanos, mas "não mantém relações com o ex-diretor Paulo Roberto Costa nem contratou nenhuma consultoria ligada a ele".

A empresa também afirmou que não faz doações a campanhas eleitorais.

A Folha telefonou e mandou e-mails ontem para as empresas Mendes Júnior, Iesa e Toyo Setal, mas não conseguiu contato com as três.

Paulo Roberto está detido em Curitiba desde 20 de março sob suspeita de integrar um esquema de lavagem de dinheiro que movimentou cerca de R$ 10 bilhões, sob o comando do doleiro Alberto Youssef, também preso.

O ex-diretor da Petrobras é suspeito de coordenar a distribuição de propina em contratos da estatal e foi preso após tentar ocultar documentos que supostamente o incriminam.

Descrito por empresários e congressistas como "organizado", Paulo Roberto é um dos focos da oposição ao governo federal que tenta instaurar uma CPI para investigar irregularidades na Petrobras, já que teria guardado planilhas detalhadas, com registros do que fazia.


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