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Assessor envolvido na Lava Jato pede demissão

Auxiliar do ministro da Previdência recebeu R$ 20 mil de empresa controlada por doleiro

DE BRASÍLIA

O assessor do Ministério da Previdência que recebeu dinheiro de uma empresa de fachada investigada pela Polícia Federal na Operação Lava Jato pediu demissão ontem.

A MO Consultoria, controlada pelo doleiro Alberto Youssef, repassou R$ 20 mil a José Wilde de Oliveira Cabral em 2011.

Wilde, assessor do ministro Garibaldi Alves (PMDB-RN), nega irregularidades e diz que pediu a exoneração do cargo para poder se defender.

A confissão de que a empresa não tem atividade de fato foi feita por um empregado do doleiro, Waldomiro de Oliveira, em nome de quem a MO Consultoria está registrada na Junta Comercial de São Paulo. A Folha teve acesso ao depoimento do funcionário, que decidiu colaborar com a PF para tentar atenuar sua pena.

Entre 2009 e 2013, a MO movimentou R$ 89,7 milhões. A PF suspeita que a empresa era usada para repassar propina, e que seus contratos seriam uma forma de dar aparência legal a subornos.

A MO recebeu R$ 34,7 milhões de nove fornecedoras da Petrobras --a estatal também está sob investigação.

Na última terça, a PF indiciou Youssef e outras 45 pessoas suspeitas de participarem de esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado R$ 10 bilhões.

OUTRO LADO

Por meio de nota, Wilde diz que nunca teve "qualquer relação profissional" com a MO. "É razoável supor que [o pagamento] se trata de remuneração por serviço de assessoria de imprensa que prestei em 2010", afirmou, sem revelar para quem prestou o serviço, alegando cláusula de confidencialidade.

Segundo Wilde, os serviços prestados eram lícitos e ele não tinha obrigação de pesquisar a origem dos recursos que lhe foram repassados. O assessor nega relação com empresas e pessoas investigadas na Operação Lava Jato.


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