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Planalto aposta que polêmica da refinaria deverá perder força

Petistas calculam que noticiário logo será dominado pela quebra do sigilo dos celulares do doleiro Youssef

Integrantes da cúpula do governo esperam que proposta de criar CPI da Petrobras seja enterrada nesta semana

DE BRASÍLIA

Petistas e integrantes da cúpula do governo apostam que, se a CPI da Petrobras não for enterrada nesta semana, como eles esperam, a polêmica em torno da compra da refinaria de Pasadena tenderá a "morrer" em breve.

Para o grupo, apesar das declarações de José Sérgio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras, segundo o qual a presidente Dilma Rousseff tem, sim, responsabilidade pelo negócio, a estratégia da oposição de manter a petista no foco do debate não prosperará por muito mais tempo.

Em entrevista publicada anteontem em "O Estado de S. Paulo", Gabrielli disse que Dilma "não pode fugir à responsabilidade" no caso, mas não fez acusação concreta à presidente, que chefiava o Conselho de Administração da Petrobras quando o negócio de Pasadena foi aprovado.

Nas contas internas, o noticiário das próximas semanas será dominado pela quebra de sigilo dos 34 celulares do doleiro Alberto Youssef, pivô da Operação Lava Jato. A Polícia Federal suspeita que Youssef tinha vasta conexão com autoridades públicas.

Para não alimentar a polêmica em torno da Petrobras, o Planalto adotou a estratégia de colocar panos quentes na declaração de Gabrielli. Alguns interlocutores que, até a semana passada, celebravam achar ter conseguido tirar da presidente do foco do negócio, admitiam ontem o temor de ver a chefe mais uma vez envolvida no caso.

Hoje a ministra do Supremo Tribunal Federal Rosa Weber deverá tomar a decisão sobre a abrangência da CPI da Petrobras; se ampla, como quer o governo, ou restrita, como deseja a oposição.

O Planalto não quer CPI alguma, mas trabalha por uma investigação mais extensa, incluindo suspeitas de irregularidades na oposição. Assim, calcula desarmar o ímpeto do PSDB e do PSB por um inquérito parlamentar. Já esses duas siglas operam por uma CPI focada na Petrobras para investigar o governo.


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