Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Poder

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Governo contesta críticas da oposição ao Bolsa Família

Ministra classifica a sugestão do pré-candidato tucano de conceder um reajuste ainda maior de 'irresponsável'

Aécio Neves diz não ter como avaliar aumento sem estar no governo; Campos quer correção anual para benefício

DE BRASÍLIA DE SÃO PAULO ENVIADO ESPECIAL A COMANDATUBA (BA)

A definição do novo piso do Bolsa Família provocou mais um embate entre o governo Dilma Rousseff e os seus dois principais adversários na corrida presidencial.

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o ex-governador Eduardo Campos (PSB-PE) criticaram a medida anunciada pelo governo, que aumentou o repasse mínimo às famílias de R$ 70 para R$ 77, com custo de R$ 4,4 bilhões até o final do ano que vem.

Em resposta, o governo classificou de "leviana" e "irresponsável" a sinalização dos oposicionistas, de que o reajuste é insuficiente para repor as perdas provocadas pela inflação desde o reajuste anterior, concedido em 2011.

Em queda nas pesquisas, Dilma anunciou o aumento de 10% do benefício em pronunciamento no 1º de Maio, quando também prometeu a correção da tabela do Imposto de Renda para 2015 e a manutenção da política de valorização do salário mínimo.

Ontem, o governo detalhou o aumento do Bolsa Família, informando que o valor médio dos benefícios recebidos pelas famílias do programa passará de R$ 152 para R$ 167.

O piso pago às famílias, que subirá para R$ 77, foi criticado por Aécio. Anteontem, ele disse que Dilma "mentiu" ao dizer que o aumento seria equivalente à linha da miséria estabelecida pela ONU e afirmou que o valor correto para isso seria de R$ 83.

Ontem, Aécio repetiu a crítica, mas evitou se comprometer com um reajuste maior: "Não estou no governo. Não estou administrando o caixa do governo", disse. "De mim, você jamais ouvirá uma irresponsabilidade de assumir qualquer compromisso antes de conhecer os números."

Campos criticou o fato de que a correção de 10% não contemplar a inflação de 19,6% acumulada desde o último reajuste, e disse que o programa deve ser reajustado por regras "claras, anuais e tranquilas" para não ser usado como "moeda eleitoral".

Um reajuste que contemplasse os objetivos mencionados pelos candidatos da oposição custaria quase o dobro do valor da correção anunciada até o fim de 2015.

O gasto adicional de R$ 1,7 bilhão previsto para este ano saltaria para R$ 3,2 bilhões com a sugestão feita por Aécio e a proposta de Campos.

RESPOSTA

Escalada pelo governo para detalhar o reajuste do Bolsa Família, a ministra Tereza Campello (Desenvolvimento Social) criticou a conta feita por Aécio, centrada no critério das Nações Unidas de US$ 1,25 por dia como renda mínima para superar a pobreza.

Os tucanos multiplicaram o valor pelo câmbio atual, chegando a R$ 83 por mês. Campello disse que a conta é "leviana" e "irresponsável", porque os benefícios do programa não podem ser atrelados ao câmbio: "Na véspera da eleição é que tem gente que está lembrando de discutir o Bolsa Família, mas tinha que fazer isso aprendendo a fazer a conta direito, sem dar chute e sem falar bobagem".

Ela disse que segmentos específicos do Bolsa Família tiveram reajustes superiores à inflação nos últimos três anos, somando mais de 40%.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página