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Com Padilha em crise, PT sobe tom contra Alckmin

Sigla tenta tirar do foco citação de seu pré-candidato em investigação da PF

Petista deve investir em críticas aos problemas de abastecimento de água e visitar cidades paulistas atingidas

GUSTAVO URIBE MARINA DIAS DE SÃO PAULO

Numa tentativa de estancar a crise envolvendo o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha, a direção do PT decidiu apostar em ações mais ofensivas para atingir o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e mudar o foco do debate na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes.

A cúpula da pré-campanha petista avalia que o discurso crítico à crise de abastecimento de água no Estado teve efeito positivo entre os eleitores e será intensificado nos próximos meses em atividades fora da rota da "Caravana Horizonte Paulista" que, desde fevereiro, percorre cidades do interior para promover o nome de Padilha.

A nova estratégia foi definida em reunião realizada na capital paulista, na noite do dia 27, três dias após a divulgação de um novo relatório da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que sugere que o ex-ministro indicou um ex-assessor para o Labogen, laboratório controlado pelo doleiro preso Alberto Youssef.

A suspeita é baseada numa mensagem enviada pelo deputado federal André Vargas (sem partido-PR) ao doleiro com os dizeres: "Foi Padilha quem indicou". Anteontem, Vargas negou que Padilha tenha feito a indicação: "Nem na Labogen nem para outro lugar".

O encontro foi marcado pelo presidente do PT em São Paulo, Emidio de Souza, que convocou as bancadas estadual e federal do PT no Estado, bem como prefeitos petistas da Grande São Paulo.

No encontro, Padilha negou qualquer relação com o doleiro e disse que não indicou ninguém para o Labogen.

Sobre a crise da água, ele tem dito que "faltou planejamento do governo do PSDB para evitar o racionamento", e a ordem é manter o enunciado em eventos sobre o tema.

Um seminário comandado pelo ex-ministro já está marcado para o dia 17 de maio. Visitas a reservatório e a cidades que estão sendo prejudicadas com a baixa do sistema Cantareira também são apostas do PT para manter o assunto em pauta.

Na avaliação de dirigentes do partido, o discurso de Padilha precisa apontar os erros da atual gestão tucana em áreas como transporte e segurança, mas deve dar prioridade à crise hídrica.

Entre as cidades com problemas de abastecimento, Campinas deve ser revisitada pelo petista nas próximas semanas. Obras da Sanasa (Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento) interromperam o fornecimento de água em 14 bairros do município e Padilha pretende abordar o problema durante nova passagem pela região.

O encontro do último domingo foi definido por um petista como "reunião para organizar a tropa de ataque". Segundo deputados que estavam presentes, a ordem é intensificar as críticas ao governo de São Paulo e blindar o pré-candidato petista com o discurso de que não há consistência nos indícios divulgados contra ele até agora.


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