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A copa como ela é

Após invasões, Dilma recebe líder sem-teto

Segundo militantes, presidente cogitou destinar área invadida próxima ao Itaquerão a habitações populares

Grupo também foi recebido por secretários de Alckmin, que quer evitar confronto em eventual reintengração

DE SÃO PAULO DE BRASÍLIA

A presidente Dilma Rousseff (PT) recebeu ontem em São Paulo líderes sem-teto e, segundo os militantes, admitiu estudar a possibilidade de destinar uma área próxima ao estádio do Itaquerão, invadida no último sábado, para habitação popular.

O encontro ocorreu pouco depois da série de protestos promovidos pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) com o apoio do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

Os atos resultaram na invasão de prédios de três construtoras, entre elas a Odebrecht, responsável pelas obras do Itaquerão --sede da abertura da Copa.

As outras empreiteiras invadidas foram OAS (responssável pela Arena das Dunas, em Natal) e Andrade Gutierrez (Arena da Amazônia).

O encontro ocorreu logo após o pouso do helicóptero que trazia Dilma, que visitou as obras do Itaquerão.

No encontro de 20 minutos entre Dilma, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), e o líder do MTST, Guilherme Boulos, a presidente disse também que vai analisar o pedido dos sem-teto para ampliar o número de beneficiários do programa Minha Casa, Minha Vida, na faixa entre 0 e 3 salários mínimos.

Setores do governo, com base em informação de inteligência, avaliaram que os departamentos de segurança estão preparados "para o pior", mas ainda não enxergam o início de um onda de protestos nas dimensões do que ocorreu em junho passado.

Filho de Marcos Boulos, professor da USP e um dos principais especialistas em doenças infecciosas do país, o filósofo Guilherme Boulos comanda o MTST desde 2003.

Desde o início da gestão Haddad, Boulos vem pressionando a prefeitura para conseguir a ampliação de áreas destinadas a moradias populares em São Paulo. Na semana passada, os sem-teto entraram em confronto com a PM em frente à Câmara.

No sábado, o MTST invadiu a área perto do estádio batizada de "Copa do Povo". Anteontem, a Justiça determinou a reintegração de posse em 48 horas, após pedido da construtora Viver, dona da área. Ontem, a Justiça marcou uma audiência de conciliação para o dia 23 de maio, adiando a reintegração.

Boulos também esteve no Palácio dos Bandeirantes, onde conversou com os secretários da Casa Civil, Edson Aparecido, e da Segurança, Fernando Grella.

A determinação do governador Geraldo Alckmin (PSDB) é a formulação de um acordo entre o MTST e os governos estadual, federal e municipal para evitar confrontos numa eventual reintegração de posse.


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