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Em SP, sem-teto invadem sedes de empreiteiras

Manifestantes picharam paredes e colaram cartazes contra gastos públicos do Mundial

DE SÃO PAULO

As sedes paulistanas das empreiteiras Odebrecht, OAS e Andrade Gutierrez foram invadidas ontem, ao mesmo tempo, por grupos de sem-teto carregando bandeiras e gritando palavras de ordem.

Eles ocuparam as entradas dos prédios, picharam paredes e colaram cartazes para condenar o uso de recursos públicos em obras da Copa feitas pelas três empresas.

Para realizar os atos simultâneos, o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-teto) organizou três marchas em pontos distintos, que fecharam o trânsito no trajeto.

Eles prometem fazer novos protestos até o início da Copa. O próximo será dia 15.

Nos imóveis, muitos cartazes foram colados nas paredes. Acima de fotos de executivos das empresas, uma frase dizia que elas ganharam "bilhões com a Copa em cima do sangue de operários e do dinheiro de todos nós".

Recepcionistas e seguranças dos prédios ficaram atônitos com a chegada dos grupos, sem saber como agir.

No prédio da Odebrecht no Butantã, recém-inaugurado, a entrada dos sem-teto pelas portas giratórias assustou funcionários. As atendentes deixaram os balcões e foram para o terraço de um prédio ao lado. Mais calmas, sacaram seus celulares e registraram a movimentação.

Enquanto os manifestantes pichavam paredes e arremessavam bexigas com tinta, os seguranças apenas protegiam os elevadores para impedir uma possível tentativa de acesso a outros andares.

Na avenida Angélica, os sem-teto ocuparam o lobby do moderno edifício "New England", usado pela OAS.

O prédio teve os revestimentos de mármore pichados com a frase "esse é o sangue do povo" em tinta vermelha.

Enquanto líderes discursavam, parte dos sem-teto se acomodava em poltronas importadas, modelo Barcelona. Outros tiravam "selfies". No mezanino, funcionários também tiravam fotos do grupo.

No prédio da Andrade Gutierrez, na Berrini (zona sul), eles picharam a fachada.

As invasões duraram cerca de 15 minutos e foram vistas pelo movimento como "um sucesso" pois não houve confronto ou quebra-quebra.


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