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A copa como ela é

No Rio, grevistas depredam 467 ônibus

Estimativa é do sindicado das empresas, que acusa motoristas e cobradores; apenas 30% da frota circulou ontem

Piquete foi feito por grupo que discorda de acordo salarial feito por sindicato e pleiteia um aumento maior

DO RIO

Apenas 30% da frota de ônibus circulou ontem no Rio devido a uma paralisação de 24 horas de motoristas e cobradores. Dos 8.700 coletivos existentes, 2.610 estiveram nas ruas. A maior parte ficou retida por piquetes violentos na saída das garagens.

Segundo a Rio Ônibus, sindicato das empresas, 467 veículos foram depredados. A entidade estima os prejuízos em R$ 2 milhões. Seis pessoas foram detidas e outras dez ficaram feridas nos conflitos, segundo a Polícia Militar.

De acordo com o sindicato patronal, não havia mais de 400 grevistas, mas muitos empregados não trabalharam assustados com a violência.

Os pontos de ônibus ficaram lotados durante a manhã e os serviços de metrô e trens tiveram de operar na capacidade máxima. À noite, a circulação caiu a 24% e a PM teve de reforçar a segurança.

A greve foi comandada por dissidentes do sindicato da categoria, que não concordam com o acordo firmado em março com a prefeitura, que acertou alta salarial de 10%.

Eles exigem salário-base para motorista de R$ 2.500 (alta de 40%).

José Carlos Sacramento, presidente do sindicato de motoristas e cobradores, que firmou o acordo em março, disse que há interesses eleitorais na paralisação.

Segundo ele, Hélio Teodoro, um dos líderes do movimento, é candidato a deputado estadual pelo PEN.

A sigla seria da base de apoio do deputado federal Anthony Garotinho (PR-RJ), pré-candidato a governador.

O grupo dissidente teve apoio de outros sindicatos e movimentos, mas nega influência política. Teodoro disse que não é candidato.

Garotinho negou ligação com o movimento.

Os grevistas programaram uma marcha para as 16h de hoje. "Se não negociarem conosco, a paralisação pode ir até a Copa", afirmou Teodoro.

A Rio Ônibus, disse que não é possível atender às reivindicações e que já entrou na Justiça contra a greve.


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