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A Copa como ela é

Liminar impede paralisações da PF durante o Mundial

Decisão, da qual cabe recurso, ocorre em meio à pressão de servidores sobre governo em cenário de Copa e eleições

Dilma sofre ameaça de greve de categorias que reúnem ao menos 500 mil funcionários públicos federais

SEVERINO MOTTA FLÁVIA FOREQUE TAI NALON DE BRASÍLIA

Sob ameaça de greve de categorias que reúnem ao menos 500 mil servidores, o governo recorreu ao Judiciário e conseguiu, na noite de ontem, liminar do STJ (Superior Tribunal de Justiça) para impedir que a Polícia Federal cruze os braços durante a Copa.

A decisão, da qual cabe recurso, foi tomada após pedido da AGU (Advocacia-Geral da União), sob o argumento de que eventual paralisação prejudicaria turistas, a segurança das fronteiras e o torneio como um todo.

Foi fixada multa diária de R$ 200 mil para os sindicatos ou associações ligadas a agentes, peritos, escrivães e papiloscopistas da PF no caso de eventual greve ou de realização da chamada "operação padrão", quando policiais trabalham em ritmo lento.

A decisão do STJ ocorre em meio à pressão de servidores de outras categorias, que pedem reajustes, políticas mais claras para a evolução de suas carreiras, benefícios aos aposentados e antecipação de acordos salariais firmados em 2012.

Ontem, funcionários de consulados cruzaram os braços. A paralisação continua hoje e, segundo o Itamaraty, afetou nove postos, como Nova York e Paris, além de serviços como emissão de vistos e certidões de nascimento.

Funcionários do Iphan (patrimônio histórico), do Ibram (museus) e da Funarte (arte) estão em greve desde anteontem. Na semana passada, a base de servidores da administração federal aprovou indicativo de greve para 10 de junho --a dois dias da Copa.

A Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal, que representa grande parte desses servidores, também quer fazer atos em 12 de junho nas cidades-sede.

Os sindicatos aproveitam o cenário político delicado, de crise de popularidade de Dilma e de tensão pré-Copa para pressionar o Planalto.

A lei diz que é proibido dar aumento geral a servidores em ano eleitoral. Mas, em 2006, Lula concedeu reajustes pontuais a algumas categorias.

Recai sobre Dilma a responsabilidade de não ter mexido, desde 2012, na regulamentação do direito de greve do servidor federal, que definiria parâmetros objetivos para o funcionamento pleno das atividades durante a Copa.

Não há regra clara sobre quantos servidores deveriam trabalhar nas paralisações das próximas semanas.


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