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Operação atinge governador e políticos de MT

Deputado e ex-secretário são presos em ação da Polícia Federal sobre desvios de recursos públicos no Estado

Governador Silval Barbosa foi liberado sob fiança após ser detido por manter uma pistola com registro vencido

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM CUIABÁ DE BRASÍLIA

A Polícia Federal deflagrou, nesta terça (20), uma operação que incluiu buscas na casa do governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB), que chegou a ser detido por posse ilegal de arma.

A Operação Ararath apura suposto esquema de desvio de recursos e lavagem de dinheiro com braços no Executivo, Legislativo, Judiciário e Ministério Público.

A PF prendeu o presidente afastado da Assembleia do Estado, José Geraldo Riva (PSD), e o empresário Eder Moraes (PMDB), ex-secretário nas gestões Barbosa e Blairo Maggi (2003-2010).

Houve também pedido de busca na casa de Maggi (atual senador pelo PR), não autorizado pelo ministro Dias Toffoli, do STF. As buscas autorizadas incluíram a casa e o gabinete do prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), o gabinete de um promotor de Justiça e o gabinete e a casa de um conselheiro do Tribunal de Contas do Estado.

Proibida pelo STF de divulgar dados sobre a operação, a PF não informou o papel de cada um no esquema, que teria movimentado R$ 500 milhões em seis anos. Recursos públicos teriam sido desviados e "lavados" por meio de "factorings", empresas que compram com deságio duplicatas e cheques pré-datados.

Uma testemunha-chave da operação é o empresário Gércio Mendonça Júnior, dono da "factoring" Globo Fomento Mercantil e da Amazônia Petróleo. Ele acertou dela- ção premiada.

O governador foi detido por manter uma pistola 380 com registro vencido desde 2009. Como a pena para o crime é inferior a quatro anos de prisão, pagou fiança de R$ 100 mil e deixou a sede da PF.

O advogado de Barbosa, Ulisses Rabaneda, disse que o governador "não tem conhecimento" dos fatos apurados, não foi ouvido e que não houve dolo na manutenção da arma sem registro.

A assessoria do deputado Riva disse não ter obtido contato com a defesa dele. O advogado do ex-secretário Moraes afirmou que ele ainda se informava sobre as suspeitas.

ESCLARECIMENTOS

O prefeito de Cuiabá negou irregularidades e disse ter tomado, em 2012, empréstimo pessoal de R$ 3,45 milhões da Amazônia Petróleo, rede contratada em 2013 pela prefeitura em caráter emergencial. Afirmou que o empréstimo e o contrato foram legais.

O TCE disse que o conselheiro Sérgio Ricardo tem interesse no esclarecimento do caso.

O Ministério Público do MT afirmou "não ter nada a esconder". A assessoria de Blairo Maggi informou que ele está no exterior e não tem conhecimento da operação.


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