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Greve é de baixo para cima, diz ex-sindicalista

DE SÃO PAULO

O representante do Ministério do Trabalho em São Paulo, Luis Antonio Medeiros, disse ontem que o protesto de motoristas e cobradores de ônibus que parou a cidade pelo segundo dia vem da base da categoria e não está ligado a disputas sindicais.

Ex-presidente da Força Sindical, Medeiros disse que "não foi um movimento armado, ele veio igual a um vulcão, debaixo para cima".

Na ausência de líderes claros, Medeiros teve que ir até as garagens de três empresas, onde foi feita uma votação para escolher representantes.

Um deles foi Paulo Martins Santos, o Maloca. Ele diz que o "estopim " da insatisfação explodiu por razões econômicas. "Apoiamos a chapa que comanda hoje o sindicato. Mas o trabalhador não aceita o reajuste. Cansamos de ser jogados em uma negociação para lá e para cá."

A estratégia de abandonar os ônibus nas ruas, segundo ele, foi uma "atitude espontânea" de cada motorista. "Não há comando. Vamos de ônibus, a pé, em comboio para a porta da prefeitura nesta quinta às 10h. A greve continua na viação Gato Preto."

Os representantes participaram de reunião com o sindicato e com as empresas, intermediada por Medeiros.

"Vamos ter uma Copa, é um absurdo o motorista de ônibus da maior cidade do país ganhar essa miséria", disse Luís Pereira Lima, motorista da Sambaíba.

Eles são contra o acordo fechado pelo sindicato, que garantiu reajuste salarial de 10% retroativo a 1º de maio. A inflação acumulada no período foi de 6,3%.

Depois do acordo, o piso salarial dos motoristas foi para R$ 2.150, e o dos cobradores, para R$ 1.243.

Apesar de não reconhecerem o acordo coletivo, os grevistas dizem que não fazem oposição à diretoria.

"A maioria levantou a bandeira da diretoria atual, mas não concorda com o que eles decidiram", disse Lima.

As empresas dizem que não vão reabrir as negociações porque o acordo já foi aprovado pelas duas partes.


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