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Governador de MT é suspeito de usar dinheiro ilegal em campanha

Empresário diz ter emprestado R$ 4 mi para a reeleição de Silval Barbosa

RODRIGO VARGAS COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM CUIABÁ

Alvo de investigação da Polícia Federal, o governador Silval Barbosa (PMDB-MT) é suspeito de ter usado um esquema de lavagem de dinheiro para bancar sua campanha à reeleição em 2010.

Principal testemunha do caso, Gércio Mendonça Jr. disse ter emprestado, a pedido de Barbosa, R$ 4 milhões para a campanha, além de ter pago gastos com pesquisas (R$ 300 mil) e convenção partidária (R$ 150 mil).

Aportes de Mendonça Jr. ou de suas empresas não aparecem na prestação de contas de Barbosa à Justiça Eleitoral, que apresentou R$ 21,2 milhões em receitas e o mesmo valor em despesas.

Dono da rede de postos de combustíveis Amazônia Petróleo e da factoring Globo Fomento Mercantil, Mendonça Jr. aceitou colaborar com a apuração e assinou acordo de delação premiada.

Suas empresas, segundo a PF, funcionam, desde a gestão Blairo Maggi (2003-2010), de quem Barbosa foi vice, como um "banco clandestino". Recebiam dinheiro desviado dos cofres de MT e empréstimos fraudulentos, repassando a autoridades do Estado.

Entre outubro de 2009 e dezembro de 2010, por exemplo, o banco privado BicBanco concedeu à Amazônia Petróleo empréstimos fraudulentos (por falta de garantia) que somaram R$ 12 milhões.

Os valores, diz a PF, foram distribuídos a "terceiros indicados por Éder Moraes", ex-gestor do BicBanco, secretário da Fazenda de Maggi e da Copa no governo Barbosa.

Já os pagamentos à Amazônia Petróleo pelo governo de Mato Grosso desde 2011 somam R$ 12,1 milhões.

Apontado como principal operador do suposto esquema, Moraes foi preso pela PF nesta terça (20). O governador foi alvo de buscas em sua casa e chegou a ser detido por posse ilegal de arma.

A PF investiga suposto esquema de desvio de recursos e lavagem de dinheiro com braços nos três Poderes e no Ministério Público de MT.

Em nota, Silval Barbosa disse ter "convicção" de que "os fatos serão esclarecidos". Seu advogado não foi localizado.

Maggi está no exterior e não comentou. A defesa de Moraes diz que ainda colhe informações. O BicBanco afirma que prestou informações à PF e que não é investigado.


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