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Promotor quer R$ 2,5 bi de firmas do cartel

Ministério Público pediu também o fechamento das empresas em razão de possíveis fraudes em licitações do Metrô

Alstom disse ainda não ter sido notificada e a Simens lembrou de ter sido autora das denúncias sobre cartel

FLÁVIO FERREIRA MARIO CESAR CARVALHO DE SÃO PAULO

O Ministério Público pediu à Justiça que empresas do cartel de trens sejam condenadas a pagar uma indenização de R$ 2,5 bilhões em razão de fraudes em licitações para reforma e modernização de 98 trens das linhas 1-azul e 3-vermelha do Metrô paulista.

O valor corresponde à soma de quatro contratos mais multa. A Promotoria também requer o fechamento das empresas. As contratações ocorreram em 2009, no governo de José Serra (PSDB).

Também são acusados de improbidade administrativa o ex-presidente do Metrô José Jorge Fagali e os ex-diretores da estatal Sérgio Corrêa Brasil e Conrado Grava Souza, sob a alegação de que foram omissos e permitiram irregularidades nas licitações.

O promotor Marcelo Milani, autor da ação, não acha exagerado pedir a dissolução das empresas. "Você é a favor de empresas que têm práticas ilícitas e ilegais? Isso equivale a uma sociedade mafiosa."

Ele pediu também o bloqueio de bens e a quebra do sigilo bancário e fiscal dos acusados. São apontadas como integrantes do cartel as empresas Alstom, Siemens, Bombardier, Tejofran, Temoinsa, Iesa, MPE, TTrans, Faiveley, Knorr Bremse e FVL.

O promotor aponta que as empresas dividiram os lotes das licitações e definiram quais seriam os consórcios vencedores das concorrências, segundo papéis encontrados nas companhias.

A ideia de reformar trens não faz sentido, segundo ele: "O próprio Metrô reconhece que não existe parâmetros de preço para trens reformados porque não existe esse tipo de prática no mundo".

Há também uma frequência maior de problemas técnicos nos trens reformados, diz. Em um desses trens, segundo ele, ocorreram 700 problemas em um único dia, segundo relatório do Metrô.

A Alstom afirmou que ainda não foi notificada e participou da licitação de acordo com a lei e regras do Metrô.

A Siemens informou que foi a autora das denúncias sobre o cartel e quer a apuração das responsabilidades. A Folha não localizou os outros acusados nesta segunda (26).


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