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Aliados de Alckmin afirmam que motivação de grevistas é política
DANIELA LIMA DE SÃO PAULOA avaliação de aliados do governador Geraldo Alckmin (PSDB) é que a greve dos metroviários é política, incentivada por siglas que fazem oposição ao tucano no Estado, como o PSTU e o PSOL.
Esse diagnóstico fez com que a cúpula do governo defendesse o endurecimento do tom contra a paralisação.
Em reunião na noite desta quarta (4) no Palácio do Bandeirantes, foi decidido que o Metrô vai investigar quem são os funcionários que tentaram invadir o Centro de Controles de Operações (CCO), que coordena quatro linhas.
A conduta do maquinista que usou o sistema de comunicações de um trem com passageiros a bordo para responsabilizar o governo pela greve também será avaliada.
A gestão diz ter sido informada de que militantes das duas siglas de oposição discursaram durante a assembleia da categoria.
A avaliação de que a paralisação visa prejudicar Alckmin ganhou ainda mais força após os metroviários recusarem proposta que reajusta benefícios e garante um aumento de no mínimo 10,6% nos rendimentos de todos os funcionários, segundo o Metrô.
Os grevistas diziam que a meta era fazer o aumento chegar a dois dígitos.
"Não temos como pagar [mais]. A tarifa está congelada há dois anos. Estamos fazendo esforço para prestar serviço com essa tarifa", disse o presidente do Metrô, Luiz Antonio Carvalho Pacheco.
Ao defender o enfrentamento, aliados de Alckmin argumentaram que trabalhadores das linhas 4-amarela e 5-lilás decidiram não parar, recebendo reajustes inferiores.