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PDT desiste de Padilha e anuncia apoio à candidatura de Skaf em SP

Partido indicou o advogado José Roberto Batochio para ser vice na chapa do ex-presidente da Fiesp

Petistas ofereceram a vaga de vice ao PDT, sem êxito; sigla temia que aliado apoiasse a candidatura de Alckmin

GUSTAVO URIBE MARINA DIAS MARIO CESAR CARVALHO DE SÃO PAULO

Como desfecho de uma negociação que se estende desde abril, o PDT anunciará nesta quinta-feira (5) apoio à candidatura do pré-candidato do PMDB ao governo de São Paulo, Paulo Skaf. Em troca da aliança, a sigla indicará para o posto de vice da coligação o ex-deputado federal e ex-presidente da OAB-SP José Roberto Batochio.

O acordo foi fechado na semana passada em conversa entre o pré-candidato do PMDB e o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi. O vice-presidente Michel Temer também participou das negociações e estará presente no anúncio formal marcado para esta quinta-feira (5).

Com a adesão do PDT, o PMDB terá cerca de quatro minutos no horário eleitoral gratuito. No mês passado, o partido anunciou a adesão também do PROS à candidatura à sucessão estadual.

PALOCCI E VARGAS

Em evento nesta quarta-feira (4), Skaf confirmou a aliança e elogiou o nome escolhido para ser seu vice.

"É um homem experiente, equilibrado com quem eu tenho um relacionamento muito bom há muitos anos. É preciso que haja esse afinamento entre o governador e o seu vice", afirmou.

Batochio foi advogado do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci no caso da quebra de sigilo do caseiro Francenildo Costa, em 2006. Atualmente, defende o deputado federal André Vargas (sem partido-PR), acusado de envolvimento com o doleiro Alberto Youssef.

"O eleitorado está exausto do PSDB. A administração de São Paulo é exercida por gente que não faz parte da cadeia produtiva", afirmou à Folha.

O criminalista disse que não pretende abandonar a defesa de André Vargas, uma vez que a lei não determina isso. "É um crime confundir o advogado com o investigado. O Sobral Pinto, que era católico praticante, defendeu Luís Carlos Prestes, um comunista", ressaltou.

PT

Nesta quinta-feira (5), antes do anúncio oficial, Lupi irá se reunir com o comando do PDT em São Paulo para afinar o discurso da legenda.

De acordo com dirigentes petistas em São Paulo, um acordo com o PDT em torno da pré-candidatura de Alexandre Padilha foi negociado "até o último minuto". O PT chegou a oferecer a Lupi o posto de vice, mas as negociações não prosperaram.

Em maio, o PT tentou convencer o PDT a apoiar a pré-candidatura de Gilberto Kassab (PSD). A movimentação deveu-se a uma preocupação do comando petista de que Kassab fechasse acordo com Skaf, o que poderia ameaçar o desempenho eleitoral de Padilha no primeiro turno.

Com a aproximação de Kassab da candidatura à reeleição do governador Geraldo Alckmin (PSDB), hoje principal nome cotado para o posto de vice do tucano, o PT não vê como ameaça um acordo entre PDT e PMDB.

O diagnóstico do comando do PT em São Paulo é de que é menos prejudicial à candidatura Padilha que o PDT se alie a Skaf em vez de Alckmin.


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