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Sem marronzinhos, trânsito na manhã tem recorde do ano
Às 9h30, eram 209 km de lentidão; cartolas da Fifa levaram 3 horas para chegar a hotel
Já agravado pela greve dos metroviários, o trânsito de São Paulo foi afetado nesta quinta (5) por paralisação dos agentes da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), iniciada na noite anterior.
Como resultado, a cidade bateu o recorde de lentidão da manhã: às 9h30, eram 209 km de vias congestionadas.
Sem o serviço prestado pelos marronzinhos, a faixa reversível da Radial Leste, que que liga a zona leste à região central, não foi montada.
Pela manhã, a via chegou a ficar interditada desde a altura do estádio Itaquerão até o Minhocão, no centro.
Por causa da greve, a abertura do elevado atrasou. Na marginal Tietê, veículos quebrados atrapalhavam o trânsito por volta das 7h30, mas, sem os serviços dos agentes de trânsito, não havia desvios e orientação do tráfego.
Em um percurso de cerca de 40 km pela manhã, a Folha encontrou só um marronzinho --no acesso da ponte da Casa Verde para a marginal.
À noite, a CET solicitou auxílio da Polícia Militar para montar as faixas reversíveis. No horário, a lentidão chegou a ficar acima da média, mas logo voltou a diminuir.
Após a companhia obter na Justiça liminar (decisão provisória) para que ao menos 70% dos serviços sejam mantidos, sob pena de R$ 100 mil por dia de multa ao sindicato, a categoria suspendeu a greve.
"Estávamos com uma liminar nas nossas costas e resolvemos terminar a greve para que a gente pudesse voltar na semana que vem", disse Reno Ale, presidente do sindicato, após assembleia à noite.
FIFA ENGARRAFADA
Cartolas da Fifa que chegaram na manhã ao país ficaram presos no trânsito e gastaram até três horas para ir do aeroporto de Guarulhos ao hotel Hyatt, na zona sul.
Entre os prejudicados estava o ex-jogador francês Michel Platini, mandatário da Uefa e pré-candidato à presidência da Fifa.
A seleção brasileira, que fará amistoso contra a Sérvia nesta sexta (6), às 16h, no Morumbi, chegou no começo da noite em São Paulo. O ônibus foi seguido por motociclistas, que buzinaram para apoiar a equipe. No trajeto rumo ao hotel, policiais chegaram a fechar algumas vias para o ônibus passar, complicando a vida dos outros motoristas.
Além da greve no metrô, que continua, a cidade terá outro evento que pode complicar o trânsito nesta sexta: um ato da Força Sindical a partir das 10h, na Paulista.
