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Ministros entram em campo na defesa de Dilma

Objetivo é preservar presidente do confronto direto com seus adversários Aécio e Campos

TAI NALON DE BRASÍLIA

A desidratação da popularidade da presidente Dilma Rousseff motivou uma mudança calculada de atitude na cúpula do governo.

Um time de ministros, que, em passado recente, era autorizado a falar somente o necessário, tem entrado em campo com maior frequência para rebater adversários.

A seleção petista foi escalada como parte de uma estratégia avalizada pelo núcleo de campanha de não deixar barato ataques mais veementes ao estilo Dilma de governar. A ideia é preservar a presidente do desgaste do debate direto sobre temas incômodos, como a inflação ou a segurança pública.

Recentemente, sob ataque de Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), o governo acionou os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça), Tereza Campello (Desenvolvimento Social) e Aloizio Mercadante (Casa Civil).

Exemplo disso ocorreu dias atrás, quando da aprovação em comissão do Senado de proposta que altera o escopo do Bolsa Família.

"O PT não quer nenhum avanço em um programa tão importante como esse porque prefere ter um programa para chamar de seu", disparou Aécio na ocasião. No mesmo dia, Campello retrucou: "Onde estava o senador nesses 11 anos, que não tratou do Bolsa Família?"

Já Mercadante, avesso a aparições, contra-atacou Campos em entrevista à Folha no mês passado, depois que o opositor disse querer uma meta de inflação de 3%.

"As ideias que estão sendo apresentadas são um museu de novidades. São as mesmas pessoas do passado, dizendo que vão fazer as mesmas coisas que fizeram e que nós sabemos aonde deu. Termina em recessão e desemprego."

Quando Aécio falou que o governo é "criminosamente omisso" na segurança pública, foi a vez de Cardozo rebater: "A coisa mais concreta que ele propôs foi a mudança no nome do ministério".

Os ministros negam a fama de catimbeiros. "No máximo, um zagueiro botinudo", brinca Cardozo.

"Os dois pré-candidatos à Presidência até o momento não apresentaram nenhuma proposta consistente que mereça um debate mais qualificado para o aprimoramento das políticas públicas", disse à Folha Mercadante.

Questionado se vale a pena jogar o jogo eleitoral na retranca, resumiu a estratégia palaciana: "Em time que está ganhando não se mexe e, em alguns momentos, a melhor defesa é o ataque".


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