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Greve faz fila do táxi em Cumbica demorar mais que voo SP-Rio

Espera por um veículo chegou a 1h20; ônibus também demoraram e trajeto para o centro de SP levou até 3h

Chilenos em conexão queriam ir até a SP passear, mas foram desaconselhados em razão da greve no metrô

INGRID FAGUNDEZ MARIANA BARBOSA RICARDO GALLO DE SÃO PAULO

A greve dos metroviários em São Paulo deixou milhares de passageiros retidos no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (Grande São Paulo), o maior do país.

A fila para pegar um táxi demorava até uma hora e 20 minutos entre as 8h30 e as 9h30, de acordo com a cooperativa Guarucoop, responsável pelo serviço.

É mais do que o tempo de voo entre São Paulo e Rio --50 minutos, em média. A viagem de táxi a São Paulo não sai por menos de R$ 120.

Quem tentava pegar o ônibus executivo (R$ 36,50) por volta de 12h30 era informado de que os veículos para o centro e para a avenida Paulista estavam lotados até as 14h.

A lotação foi reflexo da greve, segundo a EMTU, empresa do governo que administra o serviço. Isso porque houve migração de passageiros não atendidos pela linha que liga Cumbica à estação Tatuapé do metrô, mais barata que o ônibus executivo (R$ 4,45).

A estação Tatuapé ficou fechada das 4h40 às 9h51.

O ônibus executivo leva 2.500 pessoas por dia; o ônibus até o Tatuapé, 7.400.

PÉRIPLO

Se sair do aeroporto era um problema, chegar a São Paulo era outro. Sem metrô, os congestionamentos pararam a marginal Tietê e a rodovia Presidente Dutra, ligações entre o aeroporto e a capital.

O pico de trânsito em São Paulo foi de 184 km, às 9h30, segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego),

De carro, motoristas levaram até três horas. De táxi, o trecho Cumbica-Pinheiros levou duas horas e 40 minutos, mas há relatos de viagens que duraram até quatro horas, segundo a Guarucoop.

Como os táxis levavam mais tempo para chegar à capital, o retorno a Cumbica demorava. Daí a espera dos passageiros, afirma Edmilson Americano, presidente da cooperativa. A concessionária GRU Airport disse o mesmo. A situação se normalizou por volta das 10h30.

Há 850 táxis no horário de pico. Nesse total estão incluídos 150 veículos de reforço, diz a Prefeitura de Guarulhos.

Na capital, segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), o trânsito esteve acima do normal ao longo de praticamente todo o dia.

PASSEIO

Mas a paralisação dos metroviários não foi o único obstáculo para se chegar à cidade. A rodovia Helio Smidt foi fechada para a passagem da seleção dos Estados Unidos.

Os chilenos Carlos Soiza, 29, e Leonardo Escubar, 38, pretendiam conhecer São Paulo nas seis horas que tinham livres nesta segunda-feira (9) até pegar conexão para Cuiabá, onde a seleção do Chile estreará na Copa.

Mas foram desaconselhados em razão do trânsito.

Ambos chegaram a Cumbica perguntando se podiam pagar um guarda-volumes em dólar (é possível), se a cidade tinha praia ("Como assim não tem praia? Que ponto turístico tem perto?") e se era perto do aeroporto.

Como tinham pouco tempo, foram orientados por uma atendente a passear em um shopping de Guarulhos, a 12 quilômetros do aeroporto. A sugestão foi seguida.


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