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Opinião

Xingamento de 'yellow blocs' da elite foi machista e vergonhoso

ELIANE TRINDADE DE SÃO PAULO

Dilma ganhou meu voto. De solidariedade. Depois de me emocionar com o hino nacional cantado à capela por um estádio lotado que saudava a seleção jogando em casa numa Copa após 64 anos, eu me envergonhei de ouvir xingamento tão desrespeitoso à presidente, à mulher, à mãe e à avó Dilma. E, por tabela, a todas as mulheres presentes, mesmo aquelas que engrossaram o coro.

Um coro puxado por "coxinhas", como criticaram vozes que reverberavam timidamente na multidão. Poucos contra os muitos que embarcaram na "ola moral" contra a maior autoridade do país.

Eu me solidarizo com Dilma também pela democrata que é. Por estar na mesma arena com o presidente da CBF, ligado a um dos chefes dos porões da ditadura, onde ela foi torturada.

Em plena democracia, foi colocada no "pau de arara" moral por pessoas que, hipocritamente, criticam misturar esporte e política nas redes sociais temendo a reeleição.

A recepção deve fazer a presidente desistir de ver a partida Alemanha x Portugal, ao lado de sua colega alemã Angela Merckel.

Dilma não deveria se curvar à truculência de " yellow blocs" que, vestidos com as cores do Brasil, deram lição de incivilidade e falta de respeito. Xingamentos machistas e sexistas que partiram de representantes da parcela mais privilegiada do país.

Brasileiros que estudaram em escolas padrão Fifa, mas que não aprenderam lá nem em casa que não se deve mandar uma senhora com idade pra ser sua mãe e avó para aquele lugar.


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