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Justiça aprova recuperação da petroleira OGX, de Eike
Credores ficarão com 90% da companhia
A Justiça do Rio confirmou, nesta sexta-feira (13) o resultado da assembleia de credores da OGX Petróleo e Gás, controlada por Eike Batista, que havia aprovado o plano de recuperação judicial da empresa no último dia 3.
A etapa é o rito que conclui a tramitação do processo na Justiça. A partir de agora, a empresa deverá seguir à risca sua proposta para a recuperação, no fim de 2013.
Na ocasião, as dívidas da empresa somavam US$ 5,8 bilhões. O débito foi transformado em participação acionária na empresa pelos credores, que também vão injetar mais US$ 215 milhões.
Parte desse valor, de US$ 125 milhões, foi emprestada no fim de 2013, para tornar viável a recuperação judicial. Os credores que participaram desse processo tiveram condições mais vantajosas.
Alguns credores que ficaram de fora exigem entrar com dinheiro nas condições iniciais e, por isso, votaram contra o plano apresentado na assembleia --aprovado por 81,59% dos presentes.
Eles também planejavam entrar na Justiça para garantir o direito, caso o plano de recuperação fosse homologado pela Justiça.
Na sentença de ontem, que homologou o plano, o juiz Gilberto Clóvis Farias Matos, da 4ª Vara Empresarial, entendeu que esses credores não manifestaram interesse em participar "na época de maior risco", o que invalidaria suas intenções.
Advogado da OGPar, Sérgio Bermudes afirmou que a decisão é de "suma importância para a empresa". "Não só é um atestado da regularidade operacional da companhia como afasta o risco de falência e abre as portas para novas negociações das quais já trata o senhor Eike Batista".
Segundo Bermudes, Eike está no exterior e comemorou a decisão. "Isso o animou a desenvolver uma série de projetos que tem em mente", disse, sem revelar quais são.
No segundo semestre, Eike deverá ficar com cerca de 5% da nova companhia. Quando terminarem os aportes, os credores terão 90%.