Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Poder

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Fornecedores da Petrobras pagaram doleiro

Segundo a PF, papéis são um dos principais indícios de que prestadores de serviço da estatal pagavam propina

Suíça bloqueou uma conta com U$ 5 milhões controlada por Youssef por suspeitar que ela recebeu recursos ilegais

MARIO CESAR CARVALHO DE SÃO PAULO

Empresas que têm contratos com a Petrobras, como a Sanko Sider e a OAS, fizeram depósitos em conta na Suíça controlada pelo doleiro Alberto Youssef, segundo documentos apreendidos pela Polícia Federal.

A Suíça bloqueou uma conta com US$ 5 milhões (R$ 11,2 milhões) controlada por Youssef, por causa da suspeita de que ela recebeu recursos desviados da Petrobras.

Os papéis são um dos principais indícios de que fornecedores da estatal pagavam propina por meio do doleiro, segundo interpretação da PF.

A Sanko é a maior fornecedora de tubos da Petrobras e tem contratos com empresas que trabalham na obra da refinaria Abreu e Lima, apontada pela PF como fonte de desvios. A OAS também atua nessa obra, em Pernambuco.

A Sanko confirma que fez depósitos no exterior, mas diz que são pagamentos de importação.

A obra de Abreu e Lima é apontada pela Operação Lava Jato como fonte de desvios feitos por Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras. Costa, que foi um dos responsáveis pela refinaria, e Youssef são réus numa ação penal por conta das suspeitas de desvio, o que ambos negam.

Além do bloqueio na conta de Yousseff, a Suíça também reteve US$ 23 milhões (R$ 51,3 milhões) em 12 contas atribuídas a Costa e seus familiares.

A descoberta das contas secretas na Suíça foi uma das justificativas para a segunda prisão do ex-diretor, decretada na quarta (11).

Estimada originalmente em US$ 2,5 bilhões, a obra da refinaria deve custar mais de US$ 18 bilhões quando ficar pronta, no próximo ano.

O Tribunal de Contas da União firma que a construção da refinaria foi superfaturada em valores que podem chegar a R$ 446 milhões.

O grupo Sanko e a OAS também fizeram pagamentos a empresas fantasmas do doleiro no Brasil, segundo procuradores que atuam na Operação Lava Jato. O grupo Sanko teria repassado R$ 26 milhões; a OAS, R$ 1,6 milhão.

Como as empresas eram de fachada, eles sustentam que os recursos eram propina.

Em 2006, Youssef confessou que havia enviado ao exterior cerca de US$ 1 milhão, desviado de obra da prefeitura de São Paulo feita pela OAS e Mendes Junior.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página