Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Poder

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

PM se excedeu ao agredir jovem, diz comandante

Manifestante recebeu jato de spray de pimenta após ser imobilizado em ato na quinta (12)

DE SÃO PAULO

O comandante-geral da Polícia Militar de São Paulo, Benedito Roberto Meira, disse nesta sexta (13) que houve excesso por parte de um PM que usou spray de pimenta nos olhos de um manifestante imobilizado durante o ato anti-Copa realizado no dia anterior na zona leste da cidade.

O professor de inglês Rafael Marques Lusvarghi, 29, estava sozinho em frente à tropa quando levou dois tiros de borracha no peito. Em seguida, ele foi imobilizado pelo comandante da operação e ao menos mais cinco PMs.

"Quando a PM começou a avançar, mantive a posição. Eles jogaram algumas bombas e eu arremessei uma de volta", afirmou ele à Folha.

Mesmo algemado e imobilizado, Lusvarghi foi atingido por um jato de spray de pimenta nos olhos. Segundo Meira, "a utilização do gás era desnecessária."

Durante a mesma entrevista, o secretário da Segurança Pública, Fernando Grella, afirmou que, em geral, "a polícia agiu corretamente".

"Aquilo [spray nos olhos] mostra um instante, precisamos ver todo o contexto. Por isso foi instaurado um inquérito", afirmou.

O comandante da PM diz que a maior dificuldade para identificar policiais que cometem excessos é a resistência das vítimas. "Quando as pessoas são convocadas para fazer reconhecimento fotográfico, que apareçam."

Em outro evento, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou que a PM "agiu como é seu dever" durante a manifestação e "evitou um problema maior".

"Imagine as consequências se a polícia não tivesse agido e permitisse a ocupação da Radial Leste e das estações de metrô com 80 mil pessoas querendo ir ao estádio", disse.

Ao menos 11 pessoas ficaram feridas no ato, entre elas duas jornalistas da CNN.

"Se a polícia não age de maneira firme, isso pode ter consequências maiores", afirmou Alckmin. Segundo ele, "o direito dos jornalistas está totalmente preservado".

No mesmo dia do ato, o Deic (departamento de investigações criminais) fez operação de busca e apreensão nas casas de ativistas suspeitos de adotar a tática "black bloc".

No total, cem policiais foram até a casa de 12 pessoas. Objetos possivelmente usados em atos, além de computadores, pendrives e cadernos, foram apreendidos.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página