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Aécio foca social e esconde jogo na economia

Objetivo do programa é conter especulações de que o PSDB recorrerá a medidas extremas para conter a inflação

Economistas escalados para auxiliar o candidato tucano ao Planalto têm no DNA a intolerância à inflação

DANIELA LIMA MARIANA CARNEIRO DE SÃO PAULO

Candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves fará da primeira versão de seu programa de governo um antídoto às acusações de que irá fragilizar políticas sociais.

Após ser atacado pelo PT ao dizer que não evitaria "medidas impopulares", seu time de auxiliares no campo econômico passou a dar poucos detalhes sobre as mudanças para a área.

Em outra frente, para conter especulações de que recorrerá a medidas extremas no ambiente econômico, Aécio determinou que seu programa tenha "como coluna vertebral a preocupação social".

O PT tem explorado o discurso de que o tucano achatará o salário mínimo e adotará métodos mais duros para conter a inflação.

As duas medidas têm custos sociais --aumento do desemprego e menor crescimento-- no curto prazo e, por isso, têm sido evitadas por Dilma Rousseff. Para diversos economistas, essa opção da presidente tem levado o país ao marasmo econômico.

Todos os economistas escalados para auxiliar o tucano têm no DNA a intolerância à inflação. Arminio Fraga, cotado para o Ministério da Fazenda num eventual governo do PSDB, carrega a marca de ter fixado a maior taxa de juros (45% ao ano, em 1999).

A estratégia, considerada dura à época, produziu resultado um ano depois. A inflação desacelerou de 8,94% para 5,97% entre 1999 e 2000. Mas não ficou imune a críticas na ocasião e agora voltou a ser explorada nas redes sociais por dirigentes do PT.

Samuel Pessôa, outro economista ligado a Aécio, é crítico da atual regra de reajuste do salário mínimo, atrelado ao crescimento econômico de dois anos atrás.

Já defendeu que o reajuste acompanhasse o PIB per capita, que em 2013 cresceu 1,6%. Se adotada, a alteração teria representado perda. Em 2013, descontada a inflação, o mínimo subiu mais: 2,64%.

Segundo o coordenador do programa de Aécio, Antonio Anastasia, o documento explicitará que "não haverá medida contra o povo". Para demonstrar preocupação social, Aécio assinou projeto que favorece beneficiários do Bolsa Família, garantindo repasses por até seis meses após ingresso no mercado formal.


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